Nunca poderia ser jornalista pois minha passionalidade sempre me trairia. Sim, porque apenas duas semanas depois de me derreter pelo novo disco de meu querido Moz, eis que meu eterno herói Bob Mould aparece com este impecável "Life and times" fazendo minha vida mais feliz, e a escolha do disco do ano cada vez mais acirrada.
Se vc esteve fora do planeta Terra nos ultimos anos, estamos sim falando de Bob Mould, ex-frontman do Husker Dü e do Sugar, duas das melhores bandas de todos os tempos. E que tem construído desde o meio dos anos 90 uma sólida carreira solo.
Neste disco Bob volta com duas de suas marcas registradas, o que por sí só já garante a alegria de seus fãns como eu: letras ácidas e introspectivas, mas universais, daquelas que parecem ter sido escritas pra você; e as melodias distorcidas mas incrivelmente pop's que ele e apenas ele faz como ninguem.
Se no disco anterior "District line", Bobo apresentava um certo cinismo frente aos temas e a seu envelhecimento, em "life and times" um bob denso e por vezes pesado ressurge, como nos tempos de "Zen arcade" da sua ex-banda Husker Dü. Ouvir "bad blood better" e "Lifetime" são provas disso. Entretanto, os candidatos a hits instantâneos estão lá, e eu aposto em pelo menos 3 canções que estou cantarolando ha uma semana sem parar: "Spiraling Down", "Mm 17" e "Argos", de longe a mais "husker dudiana" canção de bob desde o fim do trio.
"Life and times" é uma pérola em um universo indie cheio de hypes efêmeros e novos talentos sem talento. E bob mould, no universo indie, segue sendo Rei!
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