Ontem uma das bandas mais comentadas da atual cena inglesa deu as caras nesta terra esquecida pelos Deuses do rock. O Bombay Biclycle Club veio tocar no Rio para uma platéia cheia, porém sem muito interesse em vê-los.
A banda tem tocado nos principais festivais ingleses apresentando seu album "I Had the Blues But I Shook Them Loose". Ha um mês, quando estive em Londres, tentei comprar ingresso para um dos 3 shows que fariam na cidade e estavam sold out ha 3 semanas! Além disso, o rock dançante e psicodelico dos caras é um convite bastante atraente para sair de casa em plena Quarta Feira com futebol estourando na TV.
Chego na porta do Odisséia e a boa fila dá a impressão positiva que o público carioca respondeu bem a combinação "banda gringa boa + ingresso barato" (mais que honestos 20 reais). Lá dentro, casa cheia mas não lotada e as 22:30 o Bombay entra no palco ao som de "Magnet". O som está bem equalizado e estamos bem perto do palco. Mas aí começa o problema. Muita, mas MUUITA gente ali presente não estava nem aí para o que acontecia no palco. Todos estavam interessados em conversar com os amigos, ALTO, zanzar pra lá e pra cá em uma interminável sessão de empurrões e trombadas mal educadas, musica após música. A banda mandando ver um crescente com "The hill" e "dust on the ground" e neguinho papeando ao lado, na frente, atrás. Tentamos mudar de lugar, mas a coisa seguia. Os "cariocax dexcoladux do Leblon" queriam ver e ser vistos, e não ouvir uma ótima banda. Me deu saudade do Lumiere, de Londres, onde este aviso abaixo dá as cartas da casa:
O Bombay segue firme, com destaque para o vocalista Jack Steadman que parece possuído e é o membro da banda que toca com mais energia. O grupo é bem jovem e parece bastante a vontade no pequeno palco do Oddisséia. Eles tocam 11 musicas e encerram o show. E minha paciência já havia se esgotado também. A caminho do caixa vejo que eles voltam para tocar o hit "Always like this" no bis , com a percussão do Empolga as 9 e isso enterra definitivamente meu bom humor.
Saindo do Odisseia, conversando com amigos e minha mulher, ficamos pensado se, de fato, o Rio tem condições de abrigar bons shows de bandas indie de porte médio. Porque ao que parece, o público existe em pequeno numero, e quando os shows enchem, a musica parece ser a última coisa que interessa à parte das pessoas que vai: o "evento", o "ver-e-ser-visto", o "estilo" parecem contar mais. Sad but true. E a própria placa do clube em Londres mostra que, talvez, seja um problema universal. Mas que vamos ver o Phoenix em BH, please, vamos.
Chego na porta do Odisséia e a boa fila dá a impressão positiva que o público carioca respondeu bem a combinação "banda gringa boa + ingresso barato" (mais que honestos 20 reais). Lá dentro, casa cheia mas não lotada e as 22:30 o Bombay entra no palco ao som de "Magnet". O som está bem equalizado e estamos bem perto do palco. Mas aí começa o problema. Muita, mas MUUITA gente ali presente não estava nem aí para o que acontecia no palco. Todos estavam interessados em conversar com os amigos, ALTO, zanzar pra lá e pra cá em uma interminável sessão de empurrões e trombadas mal educadas, musica após música. A banda mandando ver um crescente com "The hill" e "dust on the ground" e neguinho papeando ao lado, na frente, atrás. Tentamos mudar de lugar, mas a coisa seguia. Os "cariocax dexcoladux do Leblon" queriam ver e ser vistos, e não ouvir uma ótima banda. Me deu saudade do Lumiere, de Londres, onde este aviso abaixo dá as cartas da casa:
O Bombay segue firme, com destaque para o vocalista Jack Steadman que parece possuído e é o membro da banda que toca com mais energia. O grupo é bem jovem e parece bastante a vontade no pequeno palco do Oddisséia. Eles tocam 11 musicas e encerram o show. E minha paciência já havia se esgotado também. A caminho do caixa vejo que eles voltam para tocar o hit "Always like this" no bis , com a percussão do Empolga as 9 e isso enterra definitivamente meu bom humor.
Saindo do Odisseia, conversando com amigos e minha mulher, ficamos pensado se, de fato, o Rio tem condições de abrigar bons shows de bandas indie de porte médio. Porque ao que parece, o público existe em pequeno numero, e quando os shows enchem, a musica parece ser a última coisa que interessa à parte das pessoas que vai: o "evento", o "ver-e-ser-visto", o "estilo" parecem contar mais. Sad but true. E a própria placa do clube em Londres mostra que, talvez, seja um problema universal. Mas que vamos ver o Phoenix em BH, please, vamos.