sexta-feira, 27 de março de 2009

There's a light that never goes out


Musica pra mim sempre foi companhia. No sentido mais concreto, daquilo que te acompanha, que esta ao seu lado, com você te acolhendo, te dando alento, te alegrando ou falando a coisa certa que você precisa ouvir.
E poucas companhias foram tão presentes pra mim quanto Steven Patrick Morrissey. Desde a adolescência, passando pela trilha sonora do meu casamento, Moz sempre esteve lá. E em uma semana dificil e angustiante como esta, conseguir finalmente escutar "Years of refusal", seu novo álbum, foi um alento, um momento de vida.
Tudo que deveria ser falado sobre este novo album do Moz já foi escrito pela imprensa em geral. A unica coisa que preciso dizer é que é encantador, regozijante ver um artista do porte de Moz conseguindo ainda fazer álbuns com tamanha qualidade, com letras ainda tão profundas, tão reais que parecem ter sido escritas em uma conversa de bar com você - é, eu fiquei particularmente bolado com "That’s how people grow up".
As melodias em certos momentos retomam a velha melancolia rockeira. Em outros momentos são totalmente "smithianas". E Moz ainda nos brinda com a mais bela musica melancólico-triste dos ultimos anos, a sufocantemente linda "you were good in your time", não recomendável para dias chovosos e solitários sob o risco de choros compulsivos.
Moz conseguiu mais uma vez. E me arrisco a dizer, como todas as letras: "Years of refusal" é, desde já, o disco do ano. E mais uma obra prima do, pra mim, maior artista pop das últimas décadas.

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