quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Top 5 shows do ano

E seguindo nas listas, quais foram os seus melhores shows de 2009? Indie.punk.pop foi a alguns ótimos este ano, mas cumpre com a dificil tarefa de eleger os 5 melhores que viu no ano do hexa!

- Samiam (Drinkeria Maldita de Copa - RJ)
Em um lugar pequeno, com palco baixo, o SAMIAM fez um show com uma energia e interação com o público como ha muito não via! Sintonia perfeita em um show inesquecível!



- Sonic Youth (Festival Planeta Terra - SP)
Embaixo de um toró de Noé, o SY fez um show baseado em seu novo disco "the eternal" e mostrou quem ainda dá as cartas no rock indie mundial!



- Gogol Bordello (Fundição Progresso - RJ)
Poucos shows no mundo hoje são tão energéticos, intensos e agitados quanto o do combo cigano de NY. Saí de alma lavada e corpo suado! Fantástico!

foto by Ihateflash.net

- Slim Jim Phantom (Estrela da Lapa - RJ)
O ex-batera do STRAY CATS desfilou sucessos de sua ex-banda e clássicos do rockabilly em uma noite memorável.


- Friendly Fires (Circo voador)
É hype, é efeméride, mas o baile que o FF promoveu no circo voador não passou em branco e merece destaque. Um show arrasa-quarteirão que fez todo mundo dançar como se não houvesse amanhã.



Impossível não citar o Down By Law no circo voador e o show do Expulsados que vi em Bs As, que por muito pouco não entraram na lista.
E você? Quais seus shows prediletos do ano que está acabando?
E preparem-se, que em 2010 tem SOCIAL DISTORTION (m-o-r-r-i), NO FUN AT ALL, GOSSIP...

Feliz 2010!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Show Barneys + Beach Lizards + Carbona: O underground carioca presta contas de uma geração


O ano é 1992. O lugar é o Lua-Estrela, um pico meio boite em Botafogo, zona sul do Rio, onde rolavam shows underground - principalmente domingueiras Metaaaaaal! A banda que tocaria naquela noite se chamava Beach Lizards e fazia um som bem Buzzcocks/ Damned, punk 77 com pitadas de sonic youth e afins. O batera carismático foi o que me chamou a atenção. Dali em diante veria algumas dezenas de shows deles, que virariam referência na cena underground carioca dos 90's, influenciando varias bandas que nasceram depois, entre elas o hardcore melódico ala Bad Religion do BARNEYS.

Corta a cena: 17 anos depois eu e mais uma centena de balzacos estamos reunidos no Cinematheque para ver, de novo, o Beach Lizards, acompanhados daqueles (outrora) meninos do Barneys e dos "local-heroes" CARBONA.

O show, antes de mais nada, foi um encontro de amigos, uma celebração de uma geração do rock carioca! Vi rostos que não via ha anos, quase uma década. Encontrei dezenas de amigos das antigas, hoje senhores de familia com menos cabelos ou mais barriga, mas todos felizes em reencontrar uma galera que circulava pelo Lua Estrela, pela Basement, pelo Garage, enfim, que fazia a cena carioca daquela década.

O Carbona abriu os trabalhos com som alto e um pouco embolado. Mas mandaram bem como sempre em um show redondinho e sem firulas, mesmo com a corda da guitarra do Henrique arrebentando na segunda musica. A surpresa da noite foi um trecho de 5 musicas da fase em inglês - "foot fetish" (que vc pode ver aqui), "if you wanna dance", "all my friends are falling in love", "macarroni girl" e "lollypop Lemondrops".

Em seguida o Beach Lizards entra em cena. E o entrosamento da banda depois de tantos anos é de cair o queixo - Nervoso (aquele batera carismatico do inicio do texto) estava possuido e destruía a bateria.
Fiquei impressionado como, sem ouvi-los ou ter nenhuma MP3 da banda em meu PC, conseguia cantar quase todas as musicas, que vinham a cabeça rapidamente ao som dos primeiros acordes. Clássicos dos 90's como "come back home", "Friction" (que você pode ver um trecho aqui) e "Anesthesia" foram tocadas e cantadas em uníssono por uma plateia old school claramente feliz com esse reencontro. E foi dentrod o show dos lagartos o grande momento da noite: o vocal Demetrius chama "o grande amor da vida" ao palco para tocar "sexy lenore", musica da banda Dash, na bateria. E era ninguem menos que seu filho de 11 anos que DESTRUIU na bateria! Me chamem de piegas, mas fiquei emocionadão - velha e nova geração em harmonia, fazendo musica juntos, vivendo juntos um encontro unico.

Final do show dos lagartos, e logo os heróis cariocas do hardcore melódico dos 90's entra em cena. E o show do Barneys foi simplesmente catártico! TODA - eu disse TODA - a platéia cantando a maioria das musicas, que se mostraram atemporais, verdadeiros hinos de uma época do underground carioca. Você pode ver um trechinho da clássica "I Know" aqui.


Ao final muita gente ficou trocando ideia, curtindo os amigos antigos, conversando sobre a vida, sobre o que cada um de nós fez da sua, sobre musica. Um reencontro desses que lava a alma e foi, ao menos para mim, uma verdadeira prestação de contas de toda uma geração do under carioca com a nova geração. Aqui estamos nós, e nossa musica segue atemporal, boa, viva.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Top 5 discos do ano

O final do ano sempre é tempo de listas e mais listas. Normalmente não servem pra muita coisa, a não ser apimentar papos de boteco. Por isso mesmo, por amar musica e um boteco, indie.punk.pop apresenta seu top 5 dos discos do ano! Veja, palpite, comente e diga aí: quais seus discos preferidos do ano que está acabando?



- Years of refusal - Morrissey
O bom e velho Moz sacou da manga mais um disco impecável, com aquelas letras que parecem ter sido escritas para você em algum papo de boteco. De quebra, ainda emplacou a mais bela melodia melancólica do ano, "you were good in your time"



- Life and times - Bob Mould
Nosso herói indie emplacou o terceiro discaço em 3 anos! Em grande forma, Bob compos mais um album guitarreiro com letras hora doces, hora ásperas com aquele toque especial!



- Leaves in the gutter - Superchunk
E depois de alguns anos sem nada novo, meus ícones guitar aparecem em Janeiro com um EP que emplacou simplesmente a melhor canão do ano, "learned to surf", alem de 3 canções impecáveis e uma versão acustica da supracitada musica! Lançaram outro brilhante EP em Junho, "crossed wires" nos deixando com ainda mais vontade de reve-los por terras brazilis.



- Jello Biafra and the Guantanamo School of Medicine - "The Audacity of hype"
Depois de anos gravando com bandas experimentais e lançando os famosos spoken CD's (discos de discursos politicos longos, mais de 3 horas), o lendário vocalista do Dead Kennedys volta com uma nova banda fazendo aquilo que o consagrou como um dos maiores frontmans da historia do punk: hardcore direto, objetivo, sem firualas com letras que SÓ Jello sabe fazer: irônicas, sarcásticas, agressivas! A grande surpresa do ano e um presente pra qualquer fã de punk old school - como este escriba.




- Retrato de un cazador - Expulsados
E vêm da Argentina o disco de punk rock preferido de indie.punk.pop de 2009. O Expulsados resurge com um discaço de punk rock "ramônico", mas desta vez com letras mais elaboradas e melodias que grudam na cabeça feito chiclete por semanas. Pop até o talo, mas com personalidade. E indie.punk.pop teve a chance de vê-los ao vivo este ano e conferiu: ao vivo é ainda melhor! Discaço!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

SAMIAM: perfeito até debaixo d'água! (show do ano??!!)


Rio de Janeiro, 10 de Dezembro, 9 da noite, estacionei meu jet ski em frente a Drinkeria Maldita de Copacabana enquanto Noé passava pela rua com a arca recolhendo animais.
É moleque, a chuva (ou dilúvio? Ou toró?) que caiu ontem no Rio não foi brinquedo não....mesmo assim uma centena de heróis da água saíram de casa e foram até a Drinkeria para ver um dos ícones da cena post hardcore (ou emo roots??) americana tocar em um unico show na cidade. Depois de 7 anos, o SAMIAM voltava ao Rio.

Muito amigos, galera que não via ha algum tempo, cervejinha e aquele clima de bar de amigos da Drinkeria. E as 10:30, Jason, Sergie, Billy, Johnny e Sean subiram ao palco. Quer dizer, Sean desceu, pois tocou sua guitarra no chão, junto do público.


E foi justamente essa a tônica do incrível show da banda: proximidade, quase intimidade com o público, sintonia absoluta entre banda e galera, todos cantando juntos, brincando juntos, se divertindo juntos. "fun, FUUN" como me disse o vocalista Jason depois do show.

O set list foi quase o mesmo que tocaram em SP, com algumas modificações na ordem: começaram com "Take care" (com o vocal muuuuito baixo, o que foi resolvido ao final da musica apenas), "when we're togheter" e "Mexico" (que você vê um trechinho aqui). A essa altura, a galera começava a agitar mais e alguns mais animados arriscavam stage dives do palco de meio metro da casa. Mas o clima era tão tranquilo que dava pra ver cada musica de um lugar da casa, ir ao bar buscar uma cerveja e voltar pra frente do palco, colado ao Sergie ou ao Jason. Seguiram por cerca de uma hora com um desfile de clássicos dos 90's como"capsized", "mud hill" (trecho da musica aqui), "Full on", "Factory", "Bad day" e encerraram o baile com "Dull" e "Sunshine". E a galera agitando, e Jason dando goles de cerveja e tragos de whisky pro povo que ficava na frente do palco e, ao final, público e banda felizes!


Saio da Drinkeria pra pegar minha lancha de volta pra casa com a certeza de ter visto um fortísimo candidato a show do ano e com a convicção de que as vezes um esforcinho de uns - no caso, a galera da Drinkeria - pode proporcionar shows gringos lindos pela cidade! É só a galera comparecer - como fez ontem apesar de todo o toró de Noé que caiu - e fortalecer!

SAM-I-AM!

sábado, 14 de novembro de 2009

Indie Festival 2009 foi uma festa cigana!


Ia postar um textinho clássico sobre o Indie Fest ontem na Fundição Progresso: sobre a surpresa de ver o excelente show do El Mató un policial motorizado (O Flaming Lips portenho), sobre a viagem sensorial que é o show do Super Furry Animals... mas tudo isso ficou obscurecido pelas dores pelo corpo que me lembraram de uma coisa: GOGOL BORDELLO é o show mais hardcore que vi nos ultimos anos, e tenho dito! Alto, insano, inconsequente, imprevisível e agitado como muitos shows de punk rock e hardcore deixaram de ser! Uma aula! F-O-D-A!!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Planeta Terra 2009: brincando na chuva.


Pra começo de conversa, isso aqui não é resenha ok? Não tem técnica, imparcialidade nem compromisso com descrição fiel de fatos. É um texto de um viciado por rock sobre um festival para viciados em rock

O Planeta Terra 2009, festival dos mais bacanas que rolam por essas plagas, aconteceu este ano no Playcenter, com uma escalação de alto nível.

Me planejei para chegar no Playcenter no inicio do Maximo Park. Amigos meus falaram que o show do Moveis Coloniais de Acaju foi incendiário - coisa que não é surpresa pra quem conhece os candangos. Com um sol bonitaço no céu, o Maximo Park inicia com uma pontualidade irritante seu show. E foi uma hora de indie pop do melhor. A banda centrou fogo nos álbuns "a certain Trigger" e "our earthly pleasure" e fez um show redondinho, com a galera na mão e cantando a maior parte das musicas. Confesso que tava muuito afim de vê-los e, fora a performace exagerada do tecladista e do vocalista (meio "Dinho Ouro preto" segundo um amigo meu), superaram minhas expectativas. Ainda mais fechando o show com "Girls who play guitars", minha preferida.

Maximo Park

Em seguida no palco principal veio o Primal Scream. Acho uma bosta - é isso mesmo, chato pra caralho - e preferi ir brincar pelo Playcenter. A caminho dos brinquedos passamos pelo palco indie onde o Copacabana Club incendiava a galera com seu electro-rock.

Depois de 3 brinquedos e muito enjôo, voltamos para o palco principal onde já havia uma aglomeração maior que o normal perto da grade. Era a hora dos donos da noite - ao menos para mim. E o SONIC YOUTH entrou metendo a pica com "no way" e fazendo bater mais forte o coração deste balzaco. Foi o terceiro show que vi deles, mas nem a chuve forte que caiu interruptamente durante toda a hora e meia de som alto e distorcido atrapalhou a festa. O set foi baseado no novo disco "The Eternal" (que, diga-se de passagem, é o melhor album do SY nos ultimos 15 anos) e quase o mesmo que eles vêm executando pela tour européia. Fiquei emocionadão de escutar "Cross the Breeze", musica do clássico "Daydream Nation" pela primeira vez ao vivo. E mais ainda vendo minha musa-eterna Kim Gordon dançando em "Antenna". Show foda, lindo, de chorar e ponto. O Sonic Youth consegue sobreviver no mundo rock fazendo aquilo que é o básico, mas que muitas bandas hoje parecem esquecer em meio a visuais e produções: belas melodias com muito peso e barulho. Simples e complexo. Simples para eles, que ha quase 30 anos fazem isso como ninguem.

Morto de cansado e molhado feito pinto pela chuva, ainda corro para o palco indie onde o TING TINGS iria começar seu show. E o inicio com "We Walk" foi simplesmente arrebatador. Todo mundo pulando na chuva, e a sequência "Great DJ" e "Fruit Machine" me fez esquecer completamente o cansaço e dançar como se estivesse em umapista de dança. A mistura de rock com musica eletrônica do duo é foda ao vivo, mesmo que com algumas bases pré-gravadas, que acvabam dando em alguns momentos uma cara de "playback" a algumas partes do show.
Infelizmente tive que sair fora antes do meio do show deles, e fico devendo uma segunda chance com o Ting Tings que fez o meu album predileto de 2008.

Saindo ainda vejo um pedacinho do show do velho iguana Iggy Pop, que pelo que me disseram foi excelente pero não tão bom quanto o de 2005, no festival Claro que é Rock - que vi e afirmo: foi inesquecível.

O Planeta Terra segue como o melhor festival brasileiro de musica indie. E infelizmente neste ano, caiu no memso dia do Maquinária, que é o melhor festival de musica pesada, me fazendo perder o show do Faith No More. Mas, voltando para o Rio, no aeroporto de Congonhas, encontrei um amigo que me disse que o show do FNM foi foda! Confira na foto abaixo.

domingo, 18 de outubro de 2009

Los Grillos + Expulsados + Beach Breakers (Roxy Live Bar - Buenos Aires)

Como você já leu aqui neste blog sempre tive grande apreço pelo punk rock feito na terra de los hermanos.

Por isso quando, caminhando pela Bond Street (um tipo de galeria do Rock de Buenos Aires) ,vi um flyer de um show do Expulsados, logo me animei em conferir a banda, uma das minhas preferidas de punk rock na America Do sul.

O lugar era o Roxy live bar, em Palermo, um dos bairros mais "quentes" da noite portenha. A casa impressiona, bar na frente, e a parte de shows no fundo, separada do bar (ou seja, vc pode ir apenas para beber e não apenas para ver o show). A parte de shows é um espaço mais ou menos do tamanho do Teatro Odisseia, e beeem legal.

Cheguei as 21:00 (hora anunciada para o show), comprei uma Quilmes e 20 minutos depois a primeira banda adentra o palco. O Beach Breakers é um quarteto de surf music instrumental beeeeem bacana, com uniformes alá Pazuzus (banda carioca de surf). Começam o show com uma versão surf de "wave", do Tom Jobim. A banda é afiadíssima e o som muito bom. Os dois guitarristas trocam de instrumentos entre si de acordo com o que cada um vai fazer em deteerminada musica (solar ou fazer a base). Mandam um set de 30 minutos e saem do palco me deixando com uma belíssima impressão da banda.

Beach Breakers

Um rolezinho, mais uma Quilmes e com uma rapidez impressionante para a troca de palco os Expulsados entram em cena. E fiquei muito feliz em vê-los ao vivo, mesmo desfalcados de seu baixista,que saiu da banda (o vocalista Sebastian assumiu temporariamente o baixo). A banda manda aquele punk rock "ramônico" alto e emendado (é 1,2,3,4 e tome porrada!). Algumas de minhas preferidas como "sombras chinas", "esperando te en Martes" e a maravilhosa "nada cambió my amor" estiveram presentes no set curto, de menos de 30 minutos da banda. Eles agradecem a Los Grillos, a banda principal da noite, pelo convite e pela amizade e ao final converso um tempo com Sebastian sobre a cena portenha, Brasil e outras coisas. Gente finíssima o rapaz.

Expulsados

Mais uma Quilmes (a quinta, acho) e também muito rapido os Los Grillos sobem ao palco. Parecem ser muito populares por lá, pois o público é bem maior para sua apresentação. O trio é muito bom, mandam um rockão proto-punk, com cara de Stooges e Forgotten boys e apresentam musicas de seu novo CD "nascidos para rockear" (que ganhei na entrada com o ingresso e digo: é excelente!!).

Los Grillos

O set deles é mais longo e todos acompanham cantando as musicas (apesar de quase todo o publico permanecer sentado nas mesas - em todos os shows!). Ao final mandam uma musica instrumental com pegada meio hard rock e se despedem descendo direto do palco para a plateia, para beber e conversar com os amigos.
Saio pela noite fria de Buenos Aires antes da meia noite em direção do metrô, com uma ultima Quilmes na mão e um sorriso no rosto. Belíssimo show!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Azar ou excesso de sorte? O 07 de Novembro é Paulistano!


2009 não tem sido um ano tão profícuo quanto o anterior em termos de shows gringos de qualidade. Mas eis que dois dos festivais mais aguardados do ano começam, no final de Julho, a anunciar pouco a pouco suas atrações.

O Maquinaria - no qual estive ano passado - atacou de Faith No More, Jane's Addiction e Deftones, deixando muitos amigos meus em polvorosa! Em seguida anunciaram para o segundo dia o Evanescence (AAAAAAAAAARG!!), Danko Jones e Panic at the Disco (AAAAAAAARG parte 2).

Já o Planeta Terra veio com Ting Tings (ôôba!!), Maximo Park (ôôôôôôba!!) e SONIC YOUTH (morri!). Em seguida, Primal Scream e Metronomy também foram anunciados.

Tudo bem, tudo bom, se não fosse um detalhe: AMBOS festivais acontecem, pasmem, NO MESMO DIA! NA MESMA CIDADE! Com tantas datas no segundo semestre todo, como isso foi acontecer? Incompetência? Ou puro azar mesmo?

Bem, o Planeta Terra ainda tentou modificar a sua data quando soube do Maquinaria, mas não teria o Playcenter disponível, nem algumas das atrações confirmadas. Então, pelo menos por um dia, SP vai viver sua noite de capital (mundial?) do rock!

Seja qual for o motivo, os fãs de rock como nós tiveram (ou terão) que fazer suas escolhas. e confesso que, sem muito pesar, dia 07 me encaminharei para o Playcenter de SP, onde ocorrerá o Planeta Terra.

Pra começar, uma das preferidas da minha vida tocará lá, e perder Sonic Youth em terra brasilis pra mim é proibido. Segundo, o festival traz frescor novo, cheiro de coisa recente, com o Ting Tings, Maximo Park e Metronomy. E finalmente, com os brinquedos liberados, o Playcenter vai virar parque de gente grande.

Adoro Faith no More, mas os vi duas vezes, no auge. Gosto do Jane's Addiction, mas mesmo já tendo visto outras tours caça-niqueis, achei que essa exagerou - me atirem pedras, mas a banda JÁ ERA! E Deftones, apesar de ser a mais interessante da leva de bandas "new metal", não me tira de casa para ver um show seu.

e você? Partiu SP?

sábado, 5 de setembro de 2009

Passei a semana escutando...Minus the Bear!


Um amigo de Vitória - o grande Wander - havia me dado o toque ha alguns meses: "Porra Bolinho, tú é 'indie' (???) então vai enlouquecer com o Minus!"

E fui eu catar no sacro santo soulseek o tal Minus the Bear. E desde então o vício tem aumentado semana após semana!

Essa galera de Seattle, que nos 90's foi a meca do grunge (seja lá o que isso tenha sido) surgiu em 2001 com um som que lembra Sunny Day Real State nos momentos mais lentos, Death cab for cutie nos mais acelerados, que faz vc pensar em determinadas musicas que é uma banda post hardcore e em outros a mais indie das guitar bandas americanas. Tudo isso entremeado por efeitos de sintetizadores discretos e canções fáceis mas experimentais ao mesmo tempo.

O Minus the Bear tem 3 álguns e indie.punk.pop recomenda que vc baixe hoje o "Highly Refined Pirates" e se renda ao som deste quinteto, melhor a cada audição, indispensável depois da segunda música!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Passei a semana escutando...AS DIABATZ!

Curitiba sempre foi a meca do psychobilly brazuca. Afinal de lá sairam bandas históricas como Ovos Presley, Krapullas e Catalépticos, além de festivais internacionais como Psycho carnival e Psycho fest.

Pois tinha que ser justamente da capital paranaense a banda que me arrebatou nas últimas semanas. As DIABATZ são um power trio feminino de psychobilly com muita, mas muuita personalidade. Formado por 3 amigas que frequentavam a cena psycho local, a banda vêm com letras (em inglês) criativas e um instrumental muito bem executado fazendo com que seu disco "Riding throuth the devil's hill" não saia do meu mp3 player ha semanas. Um bom diferencial que vale a audição é que , como poucas bandas da cena, as Diabatz mesclam o psycho com a levada mais cadenciada e tradicional do rockabilly em vários momentos, tornando sua musica mais variada e surpreendente.

As moças tem uma boa cancha de shows e uma tour pela Europa nas costas e tocam no Rio em Novembro. Pra balançar o esqueleto e jogar o topete pro alto!
Você pode escutar as meninas aqui


domingo, 16 de agosto de 2009

E não é que o Friendly Fires é quente?

Friendly Fires no Circo Voador

"Tô me sentindo no Fashion Rio"...Esse comentário da minha mulher quando entramos no Circo Voador ontem retratava bem o público da noite. Uma infinidade de "mudernos" com roupas retrô 80's e clones da Lovefoxx invadiam a lona da Lapa pra conferir uma das bandas mais comentadas do momento pela Europa e USA: o Friendly Fires. A abertura ficou a cargo do Brollies & Apples e dos hypados Copacabana Club.

Não gosto de falar mal de banda, mas achei o Brollies & Apples chato pra dedéu! Musicas cansativas, excesso de caras e bocas, muito visual e puco conteúdo. Mas acho que fui exceção , pois quase todo mundo dançou e pareceu gostar do som do quarteto que tem entre os membros a dupla "Lella" Bianca Jordão e Rodrigo Brandão. Next, please.

Copacabana Club

O Copacabana Club entrou com jogo ganho e som mal ajustado. As musicas são legais, nada que você vá lembrar na manhã seguinte, mas é divertidinho. A batera e o baixista meio que levam a banda nas costas, mas deram uma esquentada boa na galera.

Um rolê, papo com amigos e um olhar sobre a fauna do circo que parecia como disse minha senhora no inicio do texto, uma passarela de programa de moda do People and Arts com todo mundo "causando" pelo Circo (mas que diabos é essa porra de "causando" meu Deus???). No mínimo divertido.

O Friendly Fires demorou pra dedéu a começar, mas quando entraram no palco, já foi detonando com a dobradinha "Lovesick" e "Jump in the pool". Ao vivo eles são uma puta banda de rock tocando Dance, som alto, cozinha pesadaça, gravão estourando no peito e guitarras bem sintozizadas. Me surpreendeu mesmo, pois apesar de gostar da banda tava meio com um pé atrás de como eles seriam ao vivo. E na quarta musica, "in the hospital" eu já tava me acabando com os mais de mil presentes na grande pista de dança que se transformou a lona do circo voador.

Como a banda só tem um disco lançado, o bacana é que o show é "short shot", seco e direto. Quando a coisa pega fogo com "on board" e o mega-hit "Paris", o show acaba! Eles voltam pra um bis e saem com o jogo ganho. O Friendly Fires, ao vivo, é quente! Showzaço!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Pinheads: a história completa

Lá pelos idos de 1993, eu e dois irmãozinhos meus tínhamos um fanzine. É garotada, fanzine, era tipo um jornalzinho independente, feito por nós mesmos - dos textos à xerox e recortar um por um. A bagaça se chamava "2 hard noize" e até que circulou bastante pela cidade. Falávamos de musica - basicamente rock rap e punk rock independente - e skate. Um dia conto mais a fundo esta história, que merece um registro.

Mas vamos ao assunto: em uma destas idas e vindas fanzineiras, chega às minhas mãos através de uma galera de bandas do Rio com as quais nos reuníamos, um compacto em vinil de uma bandinha Curitibana chamada PINHEADS. Lembro que eu e o Fred escutamos o bagulho - O Edu era mais ligado em Rap na época - e na hora AMAMOS! Era hardcore rapido e melódico na dose certa, em inglês, muito parecido com a banda que mais escutávamos na época, Bad Religion. E só isso já bastava.

Resenhei o compacto pro fanzine me rasgando em elogios - e acho que acabamos nunca enviando pros caras uma cópia, mas lembro que foi na mesma edição que escrevi sobre a primeira demo dos Cabeloduro, de Brasilia.

Gravei pra mim uma fita K7 (éééé kids, lembrem-se: não havia internet!!!) e confesso que ouvi esse disco - "for fun" - dos Pinheads até a fita estourar. Eram 6 musiquinhas, com letras bacanas e gravação decente, para os parâmetros da época.

Cerca de dois anos depois tive a chance de finalmente vê-los ao vivo, no velho Circo Voador, tocando com os locais Cabeça e Beach Lizards. E poguei feito um louco. Neste dia comprei a outra demo deles que também foi devidamente escutada até estourar. Como nunca consegui encontrar uma camisa deles aqui no Rio, acabei fazendo uma, com desenho do nome da banda à mão. E nem lembro a quantos shows fui com os Pinheads estampados junto ao corpo.

Era uma época em que conhecer uma banda nova era um fato que agregava os amigos: você descobria através de alguem, copiava o disco - ou a fita - na casa de um amigo e vocês ouviam juntos e falavam da banda. Descobrir uma banda nova era como achar uma pérola e tinha todo um valor sentimental. A gente trocava cartas com bandas de outros estados que gostássemos e esperávamos a fita demo chegar semanas depois. A gente emprestava demos pros amigos. A gente vivia e respirava musica. E os Pinheads foram, provavelmente, minha banda nacional preferida dos 90's (junto com o Dreadfull de BH).
Ainda chegaria, por volta de 1998, a comprar a coletânea "Flying music for flying people" em que eles aparecem com 6 músicas, o único registro em Cd que tenho da banda.

Lembrei muito disso tudo esta semana, em férias, quando finalmente pude sentar e ler de cabo a rabo "Pinheads: History Lesson 1989-1996", blog criado pelo dudu, ex batera da banda. Recheado de histórias, o blog é muito, mas muito mais que um conjunto de histórias de uma banda independente: é um registro histórico de toda uma cena e de uma época do punk rock independente brazuca. Tanto pra quem viveu - e que fatalmente lembrará de dezenas de histórias - quanto pra quem começou a ouvir punk rock mais recentemente, trata-se de leitura indispensável para entender como toda uma geração independente cresceu e tomou diferentes caminhos.

Você pode ler o blog dos Pinheads aqui.

Meu Top 5 Pinheads:
1 - I'm not a nerd
2 - Digital Thoughts
3 - into another cyco
4 - runaway
5 - Friendly song

terça-feira, 28 de julho de 2009

Superchunk de novo!


Curto e grosso: uma das preferidas da casa, uma das melhores bandas qeu surgiram nos 90's, segue na ativa fazendo música de primeiríssima qualidade! o Superchunk lançou outro EP (em Janeiro ultimo haviam colocado na praça o maravilhoso "Leaves in the Gutter") semana retrasada, chamado "Crossed Wires". Direto e curto, a bolachinha tem 3 músicas.

A primeira, faixa título do EP, é alegre e com um refrão que cola na cabeça, mantendo aquele velho "duleo" de guitarras que caracteriza a banda.

A seguinte, "blindness" é mais pesadona, mas ainda assim, forte candidata a hit nas pistas de dança indie descoladas por aí! A minha preferida deste disco na verdade!

Fechando uma versão acustica de "crossed Wires" com uma levada diferente da versão original, mas que agrada e muito aos ouvidos.

E o Superchunk segue me fazendo feliz e salvando minha semana!

Você pode baixar este EP aqui:

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Filme B: vieram de Vênus só pra matar!


Tocar em uma banda tem alguns ganhos secundários. Um deles é que volta e meia você descobre novas excelentes bandas tocando com elas acidentalmente!

Uma destas bandas, que descobri tocando semana passada com minha banda em SP, foi o Filme B. Entre letras sobre filmes de terror, garotas estranguladas e invasões venusianas, eles desfilam um punk'n'roll com cara de moderno mas super influenciado por Cramps, Elvis, Ramones e cultura trash em geral!

O quarteto existe desde 99 e o show que vi deles, tocando com minha banda, mostrou um vocalista performático, uma guitarrista super carismática e uma cozinha segura e bem entrosada! Divertido e dançante, o som do Filme B faz voce sorrir e pogar ao mesmo tempo, com musicas como "José Mojica", "Ela é o Diabo", "Vênus ataca" e "O lobo mau comeu a vovó"!

Vc pode escutar e baixar sons da banda aqui.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Stray Cat Strut! Slim Jim Phantom passou por aqui!

Lá pelos idos de 1990 eu andava com meu irmãozinho Fred junto dos punks daqui do Rio. Roupas rasgadas, cabelos espetados e uma coisa que era muito comum rolava: troca de fitas casssete. E foi em uma dessas trocas de fitas que descobri, através de um dos punk's nosso amigo, o STRAY CATS. Naquele mesmo ano eles tocaram aqui no hotel Nacional. E literalmente viciei desde aqueles dias na banda de Brian Setzer, Lee Rocker e Slim Jim Phantom. Muitas foram as noites que "runaway boys" e "Stray cats Strut" me fizeram companhia.

Pois bem, passados quase 20 anos, finalmente consegui ver um "stray Cat" em ação. Sim infiéis, ontem o lendário Slim Jim Phantom, o homem por trás das baquetas do STRAY CATS, o cara que foi considerado um dos bateristas mais inovadores dos 80's, o mais estiloso batera do rock deu as caras por esta terra esquecida pelos Deuses do rock!

O local escolhido, o Estrela da Lapa, acolheu bem o publico e se mostrou uma boa opção para shows de medio/ pequeno porte. A abertura ficou a cargo da Big Trep, orgulho rocker carioca, que fez aquele show que todo mundo conhece: dançante, competente, cheio de hits que atravessam os 20 anos da banda cada dia mais renovados.


Engraçado que senti a banda muito empolgada neste show, mais que da ultima vez que os vi, ha 3 semanas atrás. todos tocando acom sorriso no rosto e até o Mauk (vocalista) tocando uma das musicas no meio da platéia. O grand finale foi a participação do fundador da banda -Léo Pornô - em "Surf Drácula". Showzaço da Big Trep.

Uma volta, um choppinho, e logo estamos nos acomodando colados ao palco. E ele surge, Slim Jim Phantom, arruma a batera, dá aquela cuspidinha na mão antes de pegar as baquetas (nojentão - ele faria isso direto durante o show no meio das musicas - aaaaarg) e dá início a um desfile de clássicos de sua ex-banda e do rockabilly em geral! Se você é fã de Stray Cats, pode crer, tquase tudo foi tocado. De "rumble in Brighton" a "Runaway boys" (que você pode ver aqui) passando por "Sexy and 17" e Rock this town" (que você pode ver aqui), tudo foi tocado. Ok, ok, faltou "stray cats strut", mas o show foi tão bom, mas tão bom, que pouco gente lamentou.
Slim de fato é uma figuraça, com uma puta presença de palco, mas o guitarrista de seu trio é foda também! Simpatico, conversa com o público, me nega uma dose de Jack Daniel's com muita educação e TOCA PRA CARALHO! Ok, ok, não é Brian Setzer, mas já quebra um galho.


Saio do Estrela da Lapa ao final do show com aquela sensação boa de "caralho vi mais um show foda" e feliz da vida por ter, mesmo que parcialmente, prestado contas com minha relação com o Stray Cats! Rock this town!!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Quase um alcóolatra em um lugar do caralho!

Depois de um final de semana com alto teor alcóolico, indie.punk.pop não poderia deixar passar batido que o mestre Wander Wildner mais uma vez deu as caras pelo Rio e mais uma vez fez um show do caralho no último Sábado, na Drinkeria Maldita de Copacabana!

Sim, ele continua uma figura com presença única e com uma nova guitarra Gibson Les Paul que faz ainda mais barulho.

Sim, ele segue cantando todos os clássicos em um show de uma hora - "mantra das possibilidades" (que abriu o show), "eu tenho uma camisata escrita eu te amo", "Eu queria morar em Beverly Hills", "bebendo vinho", "eu não consigo ser alegre o tempo inteiro" (que você pode ver um trecho, com audio sofrivel, aqui), "on the road", "amigo punk" (que encerrou o show) e ainda de quebra fechar o bis com Aquela versão de "Candy" (do Iggy Pop) que só ele faz.

Sim, a banda segue sendo ele na guitarra e as divertidíssimas e competentíssimas Georgia (baixista também das Mercenárias) no Baixo e Pitchu na bateria (esta última, diviviu minha atenção com o mestre durante o show, com todos os seus trejeitos enquanto toca...).

Sim, o público carioca segue sendo apaixonado por Wander, cantando todas as musicas, apesar de um climão meio frio durante os intervalos das musicas.

Sim, ele tocou UMA musica de sua ex-banda, Replicantes - "surfista calhorda" - à capela, sem a banda.

E SIM, o show do Wander segue sendo um show do caralho!!


sexta-feira, 26 de junho de 2009

Superchunk - "Leaves in the Gutter"

Fazia um tempo que o Superchunk - um dos preferidos da casa - andava sumido. E de fato Jim, Mac, John e Laura haviam, desde 2002, dado um tempo em shows e discos pra tocar seus projetos.

Mas eis que no inicio deste ano eles soltam "Leaves in the Gutter", um EP com 5 musicas simplesmente perfeito - repito a expressão, perfeito! Um belo aperitivo para a participação deles no Coachella Festival.

"Leaves" abre de cara com uma das melhores musicas do ano, "learned to surf", uma típica canção "superchunkiana": guitarras altas e melodiosas, baixo marcadão e um refrão que não sai da cabeça nem com solvente ("I can’t hold my breath anymore..I stopped swimming and learned to surf”).

Em seguida "Misfits and mistakes" segue com a mesma receita, mas com um riff de guitarra mais trabalhado, com uma letra beeem bacana!

"Screw it up", a mais leve do EP, poderia estar perfeitamente no "come pick me up", talvez o album mais pop da banda. Leve e fluida, é daquelas musicas que você escuta no ônibus balançando a cabeça, pra espanto do trocador...

E "Knock Knock Knock" fecha com um riff matador, um típico rockão com bateria marcada e uma parede de guitarras, mostrando que ainda há muita lenha pra queimar.

Mas e a quinta faixa? A quinta é uma versão acustica linda e deliciosa de "Learned to Surf" que não só te deixa com um gosto de "quero MUUITO mais" como mostra que no universo indie, o Superchunk ainda tem credenciais! E que saudade do inesquecível shows deles que vi aqui no Rio, em 2000, no extinto Ballroom...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Emo pride!


Essa palavrinha que se tornou maldita no inicio deste século tinham outros significados em meados dos 90's. O chamado "emo-core" tinha raízes fincadas em bandas HC que começaram a desacelerar a levada das musicas e a escrever letras menos criticas e politicas e mais subjetivas (pero-non melosas). Sim queridos leitores, encham as mãos de pedras: eu gosto de várias bandas daquilo que se convencionou chamar de a "primeira geração do Emo-core".

E entre elas a que, talvez, mais me chamasse a atenção era o SUNNY DAY REAL ESTATE. Em meados de 96 eu aluguei (é, a gente alugava CD's em locadoras de CD's como a Spider, em Ipanema...) o "Diary" e passei semanas ouvindo: musicas dedilhadasa, vocais soturnos e sussurados que explodiam em refrões gritados e com letras pesadas, densas. Porra, achei a banda foda de cara! E depois deles fui atrás e descobri Mineral, Quicksand, Farside e Hot Water Music.

Pois tudo isso veio à lembrança hoje quando me deparei com a noticia que o Sunny Day está voltando para uma série de 20 shows nos EUA. A noticia reproduzida do site Zona Punk (www.zonapunk.com.br) segue abaixo:

"Os quatro membros originais do Sunny Day Real Estate, incluindo ai o baixista Nate Mendel - atual Foo Fighters - irão se reunir para uma série de 20 shows nos EUA em Setembro. Aproveitando o anuncio, a Sub Pop irá relançar os dois primeiros discos da banda, "Diary" e "LP2", cada um com bônus e novos encartes, dia 15 de Setembro".

Bela noticia pra fechar bem a semana!
Alguem aí já ouviu o novo EP do Superchunk?? Hein? Mais sobre ele esta semana ainda!

PS: se alguem quiser ler mais sobre a relação deste escriba com o "EMO" (AAAAAARG) ler este post meu de 2007

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Passei a semana escutando...THE PAINS OF BEING PURE AT HEART


Meu amigo Sal, certa noite, cunhou uma expressão que me chamou a atenção: "Indie pride"! Saca, o indie "indie meeesmo", com todas as afetações e clichês que fizeram o gênero se tornar o que se tornou - o que quer que "indie" seja neste tardio novo século? Pois é.

Pois os PAINS OF BEING PURE AT HEART é exatamente isso, "indie pride". Esse quarteto de NYC, formado em 2007, ocupou de maneira intensa e, acho, definitiva meu MP3 player nas ultimas semanas com aquela sonoridade tão falada acima: guitarras distorcidas, bateria pop, vocais sussurrados e melodias assobiáveis. Pop? Não, indie!

Seu álbum homônimo lançado em Fevereiro deste ano é uma pérola pra amantes de Pavement, Teenage Fanclub, My bloody valentine e afins, justamente por ter claras influências de todas estas bandas mas, ainda assim, soar original. Além de tudo, a faixa "young adult friction" já é forte candidata a musica do ano, fácil!

Mas apenas para os puros de coração.

Conheça a banda em:
www.thepainsofbeingpureatheart.com

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Nós viemos do inferno..ou, ainda há ROCK no Hell de Janeiro!

De vez em quando algumas noites me fazem ter uma pequena esperança que esta cidade "tumulo-do-rock" ainda tem jeito. E uma dessas foi ontem, dentro da festa "A grande Roubada" no Cine Lapa. 4 shows e casa completamente abarrotada, com gente saindo pelo ladrão (aonde essa galera toda se esconde em dias de shows só das bandas locais?).

Quem abriu os trabalhos foi o CABRONES SARNENTOS, bela banda de punk rock'n'roll daqui. Show alto, com um vocalista com muita presença e letras falando de bebedeiras, brigas e tudo mais que faz a festa dos rockers de plantão. O cover de "o dotadão deve morrer" (Cascavaletes) fez a alegria deste escriba.


Um rolé pra lá, papo com váários amigos pra cá, e a BIG TREP, orgulho da cena rocker carioca, está no palco. Mauk e Edu comandam a festa com aquela rockabilly alegre e experiente de quem tem 20 anos de carreira nas costas e um repertório que poderia tocar a noite toda. A cover de "Skulls" do Misfits em uma levada rockabilly ficou maravilhosa! O vocalista Mauk dedica o show ao filho que completou 10 anos e a galera aplaudiu...fofésimo!!

Mais uma(s) cerveja(s) e o ROCK ROCKET (SP) sobe ao palco. Com um baixista novo, a banda manda ver em um rock com pitadas de proto-punk "ala" Ramones e fazem um show insano! O novo baixista é o destaque do show pra mim, com uma puta prsença de palco, agitando, cantando e "puxando" a galera pro show. E acasa vem abaixo com os hits instantâneos "doidão" e "por um rock'n'roll mais inconsequente e alcóolatra". O som do Rock rocket estava muto bem ajustado e limpo, todos os instrumentos eram perfeitamente escutados, como em um CD. Showzão!

Encerrado o Rock Rocket, luzes apagadas e uma sombra no palco: era uma linda pin-up, Ms Fascinatrix, que inicia uma performace de fazer todos os marmanjos babarem: é camarada, strip-"chic", coisa fina, moça de parar o trânsito e homens na primeira fila quase enfartando.


E tome mais cerveja(s) e logo Jimmy London, vocalista do Matanza, sobe ao palco e pergunta: "alguem aí tem pacto com o 'outro' lado?". 'alguem aí é das forças do mal"? Era a senha pro show dos donos da noite, ZUMBIS DO ESPAÇO. Thor e cia adentram o palco e desfilam clássicos do horror punk brazuca, como "a casa dos horrores", "a marca dos 3 noves invertidos", "mate esmague e destrua", "eu me tornei um mutante" entre outros. Nesse momento o Cine Lapa está literalmente estourando de gente. Acho engraçado porque da ultima vez que vi um show deles, lá pelos idos de 2000, no Garage, a casa não tinha 100 pessoas. Agora eles tocam pra um publico insano e enlouquecido. A garotada sobe ao palco e derruba microfones, deixando Thor irritado. E não queira ver um sujeito daquele tamanho bravo: ele ameaça que "o bicho vai pegar se alguem subir de novo", mas é só ameaça mesmo: a molecada seguiu fazendo a festa e se esbaldando no show. Ainda assim, como sempre tem um pela-saco, alguem conseguiu subir no palco e roubar o microfone do guitarrista DURANTE o show...ladrão ninja! Mas a banda encarou tudo e transformou o Cine Lapa em uma filial da casa de Satã!

o som estava um pouco alto DEMAIS mas valeu a energia. Saldo mais que positivo no final, uma ressaca dos infernos e a certeza de que, em se tratando de Zumbis do Espaço, o mal nunca morre mesmo.

fotos gentilmente "roubadas" do orkut do Panamá!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

A santíssima trindade branca de NYC venceu de novo!



Não gosto - na verdade, tenho ogeriza - de ver no que o rap se transformou nestes tardios anos 2000. Em uma cena dominada por musicas que mais parecem axé com base eletrônica, letras sobre mulheres, dinheiro, carrões e afins, é nostálgico e ao mesmo tempo bacana saber do relançamento de um dos maiores discos de uma das mais criativas bandas/ grupos de rap de todos os tempos.

Os BEASTIE BOYS, um dos favoritos da casa, estão relançando em vinil e CD o álbum "Check your head", com novo encarte. Este disco de 1992 é simplesmente um marco do rap das ultimas décadas, divisor de águas mesmo!

O BB sempre foi pouco chegado a mesmice e neste disco eles foram fundo em uma aposta que havia começado de leve em "paul's Boutique" de 1989: flertar o rap e o punk rock com o jazz, com musicas tocadas por banda (no caso, eles mesmos assumiram baixo, guitarra e batera).

Lembro de ter comprado o CD em uma banquinha da Pedro Lessa nos idos de 93. Foi um daqueles CD's que escutei até cansar, desde a intro "Jimmy James" (um clássico pra mim), passando pelo baixo gravão de "Gratitude" (que foi a ultima musica do show deles aqui em 2006 no Tim Festival), estourando nos clássicos "So What'cha want" e "Professor Booty". Engraçado que, na época, o CD vinha com aquele adesivo na capa de "parental advisory", tipo um aviso de que o conteúdo era pouco recomendável para crianças e jovens.

E era mesmo, porque mesmo falando de putaria, sacanagem e alienígenas, ao contrário dos rappers atuais, a maior qualidade dos BB era justamente não se levarem a sério. E isso fazia toda a diferença! E isso fez e ainda faz deles tão geniais - vide quem teve a chance de ver o sensacional show deles no Tim ha dois anos.

Você pode ter uma amostra da coisa toda vendo o video deles tocando "What'cha Want" ao vivo, semana passada, aqui: http://www.youtube.com/watch?v=uEEi5JSuBZA




segunda-feira, 11 de maio de 2009

BACK TO THE 90'S


Neste final de semana esta terra esquecida pelos deuses do Rock foi agraciada com a realização de dois shows sensacionais, de bandas que cravaram seu nome no hardcore dos 90's. Na Sexta o DOWN BY LAW (muito bem acompanhado pelo CÓLERA) quase nos levou as lágrimas em um Circo Voador semi vazio, com um showzaço que em breve estará resenhado no portal Revoluta (www.revoluta.com)

No Sábado, o GARAGE FUZZ, uma das bandas mais idolatradas da cena brazuca deu as caras pelo Rio na mais nova casa de shows under da cidade, a Drinkeria Maldita de Copacabana.
E foi um bailão! O Garage Fuzz é foda e ponto! E impressiona por vários aspectos: a técnica da banda - que faz com que, nos shows, você se sinta como se estivesse escutando o CD, tamanha a qualidade da execução das musicas; a completa e intensa interação com o público, comandada pelo vocalista Alexandre "Farofa"; a energia de palco - o que em uma banda com 18 anos de estrada é invejável; e a escolha sempre perfeita de set lists que contemplem todas as fases da banda. Pra quem, como eu, adora a banda desde o primeiro CD, é uma delícia saber que sempre haverá aquela musica que esperava ouvir no set list!

O público na Drinkeria, de cerca de 200 pessoas, agitou desde a primeira musica, "dear cinnamon tea", seguindo cantando junto no restante do show quase todas os sons. Destaque absoluto da noite foi durante "observant", com os dois barman's da casa cantando a musica de pé, no balcão do bar, com direito a stage dive de um deles ao final: sensacional!

A estrutura da casa acolheu a todos com conforto e de qualquer ponto era possível ver o show com tranquilidade. O final com "Morgan great friend" foi a cereja no bolo de um show lindo e de um final de semana como há tempos a cidade dita maravilhosa não assistia. Que venham mais destes!!
PS: foto escandalosamente roubada do fotolog da banda.