segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Top 5 shows do ano!


E lá se vai mais um ano. E com a correria da vida, foi complicado manter isso aqui atualizado. Mesmo assim, não temos do que reclamar: 2011 teve pencas de shows lindos! E mantendo a tradição, indie.punk.pop cumpre a difícil tarefa de eleger seu Top 5 de shows do ano. Lá vai, sem ordem de preferência!


- Teenage Fanclub (Maio - Circo Voador)
Norman Blake, Gerard Love, Raymond McGinley e Francis MacDonald nos brindaram com um dos shows mais catárticos, sensiveis e emocionantes dos ultimos anos, recheados de pérolas do indie! E tudo isso em Circo Voador lotado e com toda sua atmosfera "comunitária", abraçado a vários amigos! Inesquecível!



- SUPERCHUNK (Mogi das Cruzes - SP - Maio)
"A" banda indie perfeita em um show ao ar livre, de graça, em uma linda noite fria e estrelada, com som fuderoso e um set list impecável. Se tivesse que escolher apenas UM show de 2011...



- Bad Religion (Fundição Progresso - Outubro)
Minha banda preferida sempre terá espaço entre os melhores. E esse show, cercado de boatos sobre o fim da banda, com a maior quantidade de amigos que já vi reunidos em um show, foi simplesmente sensacional. Poucas bandas no mundo ainda tem algo a dizer. O Bad Religion é uma delas.



- The Pains of Being Pure at Heart (Circo Voador - Setembro)
Em um show longo e energético, os 5 jovens do Brooklyn mostraram porque são uma das bandas mais comentadas no cenario indie dos ultimos anos. Musicas perfeitas em uma performace arrebatadora.



- Reel Big Fish (Circo Voador - Novembro) - E com alguns anos de atraso, finalmente o Reel Big Fish aportou no Rio, promovendo com seu Ska debochado e alegre um dos shows mais divertidos que este escriba já viu!

Vale a menção de que ainda vimos Anti Nowhere League, Peter Hook, The Toasters, Misfits, DRI, Vibrators, Mad Sin...
E você, quais foram os seus shows prediletos neste ano? E que em 2012 venham Morrissey, Bob Mould, Portishead, Allo Darlin...quem sabe?

ABRAÇOS! Até 2012!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

The Toasters (Teatro Odisseia - 27/11/2011)

O Toasters meio que "estourou" no Brasil naquela época em que o Ska - ou melhor, o famoso "Ska-core" - ficou em alta por estas bandas. Papo de 96, pós lançamento do "and out come the wolves" do Rancid, que fez a molecada se ligar, com "time bomb", no ritmo jamaicano.

Dali em diante, milhares de bandas apareceram...e sumiram. Poucas ficaram no cenário, afirmando sua originalidade e criatividade. O Toasters, pioneiros que foram, muito antes, disso tudo, foi uma delas.

Por isso mesmo que ontem, ao sair de casa por volta das 9 da noite, pós ressaca da magra vitoria do MENGÃO, minha expectativa era grande. E igualmente grande foi minha decepção ao chegar na porta do Teatro Odisseia, onde a banda iria se apresentar. Apenas 2 amigos na porta - eu disse DOIS. Sem fila. Nenhuma agitação nos bares próximos. "CADÊ TODO MUNDO QUE GOSTA DE SKA, CARALHO!!!", foi o que pensei.

Entramos no Odisseia e haviam cerca de 30 pessoas na casa. Bolei. Total. Caralho, uma banda do porte do TOASTERS, uma das mais importantes do cenário ska mundial, vem à cidade e a galera simplesmente não aparece.

Mas minha bolação some quando entra no palco a banda de abertura: o DON ROBALO foi uma agradabilíssima surpresa nesta noite. Capitaneados pelo ex-vocalista da também carioca Coquetel Acapulco, a banda manda um Ska com influências de MPB e pitadas discretíssimas de samba que fez a galera que começava a entrar na casa dançar e agitar o show inteiro. O "cover" de "UNCHAIN MY HEART" de Joe Cocker, "Caleidoscópio" (é, aquela da Dulce Quental e que o Paralamas gravou) e a excelente "Daily City Train" do RANCID, alem de musicas proprias, deixaram uma belíssima impressão da banda! Olho neles!

Voltamos pro balcão pra tomar mais uma garrafinha de Antarctica Original por azedíssimos R$ 8,90 e, as 23:15, Rob "Bucket" Hingley adentra o palco com seus asseclas. Era o TOASTERS ali na nossa frente. A essa altura a casa já abriga um publico bem melhor, mas ainda fica a dica: ficamos devendo cariocada!!

A segunda musica, "2 tone army", põe pimenta na galera que começa a agitar e dançar sem parar - em todas as musicas! Rob (que havia assistido boa parte do show do Don Robalo ao lado do palco, a esquerda da pista) conversa muito com todos da plateia, ergue um brinde e está claramente a vontade no palco do Odisseia. E tome "running right through the world", "Social Security"e dezenas de classicos do Ska dos 90's! A cerveja tava começando a fazer seu lindo efeito e eu já tava que nem garoto, me sentido um rude boy jamaicano no meio da garotada, dançando feito lebre no campo! E aí meu brother, veio "O" "crááásico", "don't let the bastards grind you down", e a casa caiu de vez! Coisa linda! E fim do show. Fim?

NADA! Eles ainda voltaram pra um bis com duas musicas que fizeram as ultimas gotas de energia da galera acabarem. E a meia noite e quinze, uma hora justinha de show, Rob desce do palco, encerra o show, grita "põe o som DJ" e fica literalmente batendo papo e tirando fotos com todos que estavam ali em frente dele. Gente fina o rapaz!

E eu saio pela noite chuvosa da Lapa procurando um cachorro quente vagabundo pra comer antes de ir pra casa, sentindo uma puta pena de quem ficou vendo TV e deixou de ver esse show LINDO!
2 tone army!!
MEGA parabéns a todos os envolvidos na organização do show!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Bandas do século passado... DREADFULL

No início do ano, quando voltava do show do Reffer aqui no Rio, minha cabeça só pensava em duas coisas: quant@ garot@ nov@ que conhecia a banda, que nasceu quando eles ainda mamavam! E quanta banda bacana existiu nos 90's e 80's que, pela ausência da ferramenta tecnológica de hoje, ficou meio que perdida na poeira.

Por isso, de tempos em tempos vou postar aqui nesta coluna singela algumas considerações sobre bandas que EU, onanística e egoicamente, achava FODA e que, infelizmente, já acabaram.

E pra começar, os meus preferidos ever: os mineiros do DREADFULL.

Em uma época que o tal HC melódico dava as cartas, impulsionado pela popularidade crescente de NOFX, Bad Religion e Green Day (isso mais ou menos 94,95) o que surgiu de banda cantando em inglês cheia de "oooooooh" e "aaaaaaaaah" não tá no gibi! E, na boa, separar o joio do trigo era tarefa árdua.

Mas eis que um dia, um CD chamado "Woonder Foll People " chegou as minhas mãos. E era claro que tinha alguma coisa diferente ali. A começar pela voz limpa e mega boa do Leo Baiano. Arranjos de guitarra mais sofisticados. Letras incríveis, com um inglês que não se limitavam a rimar "sky" com "my" ou "want you" com "blue". Da primeira faixa - "resign" - passando por clássicos instantâneos como "Listen", "Last fun" e tell out", o cd era uma perola. Melódico sim, hardcore sim, mas com algo a mais. Maluco, era impossível não ouvir 3 veze seguidas e sair cantando o refrão de "resign" pela rua... Logo em seguinda, em 97, durante uma viagem pra BH comprei a coletânea "Flying Music 4 Flying people" e lá tinham mais 6 pérolas melódicas dos caras. Viciei.

Então, em 1999, o Dreadfull dá a cartada final e tira da manga "Day off": uma guinada violenta no som, um disco que de início GERAL estranhou. O que era aquilo? Indie? Post hardcore? Hot Water Music? Jets to Brazil? Cara, musicas mais desaceleradas, vocais sussurados que explodiam em gritos no refrão, temáticas mais introspectivas. E, ponto: o Dreadfull fez o álbum da década! De "Somersault" até "Private" está tudo que você precisa ouvir pra entender o que foi o hardcore do inicio do século. Mas os mineiros estavam adiantados alguns anos.

O dreadfull encerrou as atividades no inicio dos anos 2000, fez um ou outro show isolado (com Arnaldo, do We Say No, Saddest day e outros no vocal) e deixou sua marca na "cena" under brazuca. Se eu tivesse que escolher UM disco dos 90's, seria o "Day Off". E isso por sí só já garante aos caras um lugar no coração deste escriba!




segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Some Bad Religion Songs can make my life complete



Confesso que relutei. O que eu ia dizer sobre o show do Bad Religion no Rio que já não tivesse sido dito? Ou, pior: como falar do show da banda em atividade que eu mais amo, da banda que sei cantar sílaba por sílaba de cada letra, da banda que, desde que meu brother Fred me apresentou, lá pelos idos de 1989, sempre foi minha companhia de vida?

Na boa, sei lá. Só sei que o que não suportei meu próprio silêncio diante do que rolou Sábado! Então, lá vai!

Pra começo de conversa: quando falo de Bad Religion eu tenho 12 anos ok? Então nem precisa dizer que passei o Sábado igual criança que sabe que vai ao parque de diversões no dia seguinte: ansioso, andando pra lá e pra cá pela casa, quase queimei o strogonoff do almoço, patroa quase deu na minha cara. Por isso tudo, cheguei no bar ao lado da Fundição Progresso - o querido e famigerado Arco Íris - as 6 da tarde. É mané, 6 da tarde o babaca aqui já tava lá bebendo a primeira cerva sob o pretexto de ver o jogo do Mengão Fuderosão!

Os amigos vão chegando e o clima vai ficando cada vez mais naquela vibe "festinha da galera". Na boa, acho que NUNCA fui a um show em que conhecesse tanta gente! Nossa mesa no bar fica enorme e o bate papo, associado com as dezenas de cervejas, vai "amansando" a ansiedade.

Tipo 10 da noite, entramos na Fundição Progresso. Se você não é do Rio, o lance é o seguinte: A Fundição é um galpão gigante, sacou? Tipo, é um quarteirão inteiro com fachada de Casarão mas, no interior, é um conjunto de galpões. O espaço onde rolam os shows, dizem, cabe 6 mil pessoas. Bem, brother, então no Sábado tinha quase isso, tava cheio À VERA!

o Fistt, de SP, faz um show de abertura curto. Confesso que não vi. Foi mal aí Fabiano e cia. Mas a cerveja e o papo com os amigos falaram mais alto. E ainda teve uma passada na banquinha de Merch pra ver se rolava uma camisa da Tour (lindaça, com o simbolo na frente e as datas da tour sul-americana atrás), mas 80 PRATAS por uma camisa, nem a do Mengão com autógrafo de Deus Zico. Foi mal aí Graffin.

Fico com uns casais de amigos a esquerda do palco. E quase a meia noite, apagam as luzes e, mermão, daí em diante foi pica na criança! A fraca "Resist stance" abre o show, mas é em seguida, com "Social suicide", emendada com a "crássica" "21 century digital boy" que o Bad Religion dá o ar da graça! E nessa musica eu já havia me esquecido da minha idade avançada, das dores no corpo e me meti lá no gargarejo como se fora um garoto. E tome "LA is Burning" e a ótima "Wrong way kids" em sequencia. Fico bem em frente ao Brian Baker (ícone ever!) sacando a facilidade com que ele sola e manda riffs sempre perfeitos! FODA!

O show segue com pequenas sequências de 3 ou 4 musicas emendadas. O primeiro momento "tá, chorei, confesso" é durante as épicas "I want to conquer the world" emendada com "Recipe for hate". E mais a frente a garganta dá outro nó com "Do what you want", "YOU" e "Modern Man". Maluco, TENSO! E daí, vem aquela intro à capela de "Generator" (que, confesso, acho BREGA, FEIO, clichê - a intro, não a música), e a quantidade de marmanjo de preto chorando é incontável.

Greg Graffin conversa, fala da primeira vez que esteve aqui, ha 15 anos e parece bem a vontade. A banda toda está claramente feliz por este ultimo show da tour e o público responde com aqueles "sing-alongs" e "oooohhs" e "aaaaahhs" em quase todas as musicas. E com "Fuck Armaggedon" a banda encerra o show.

Todos saem do palco, fazem aquele famoso cú doce até que o Brooks (batera) volta sozinho pro palco. Ele manda um solinho de batera rápido e a banda entra com "American Jesus". E aí cara, o que era só pogo e porradaria vira um CAOS! Tenho certeza que as dores no ombro esquerdo que me perseguem até hoje são desse momento do show. Na sequência "infected" dá uma reduzida no ritmo para o grand finale com a linda - e previsível - "Sorrow", geral cantando junto, banda feliz, final de show.

Peraí? Ultimo show da tour e eles não vão voltar pra mais um "biszinho"? Nem mais uma musiquinha? NÃO, a banda se despede, as luzes acendem e fica por aí.

Saindo da Fundição encontro meus amigos balzacos, pais de família, profissionais liberais e homens de meia idade suados, com hematomas, camisas abertas ou sem camisa e todos com aquela cara de "GOZEI". E eu me despeço de todos, compro um latão e saio pelas ruas chuvosas da Lapa cantando, ALTO, a letra de "YOU".

Em um mundo de "bandas importantes de UM disco" e efemérides semanais, de hypes instantâneos e roupas espalhafatosas, poucas bandas ainda tem algo a dizer. E mais, poucas, pouquíssimas bandas, ainda SIGNIFICAM algo para muitas pessoas - pelo que dizem, pela musica que fazem, pelos shows que oferecem. O Bad Religion é uma destas bandas. Talvez por isso tanta gente que já "saiu do circuito" rock a tanto tempo tenha deixado suas vidas, esposas e maridos, filhos e compromissos pra trás. Não para um evento nostálgico com cheiro de naftalina, mas para um reencontro com suas próprias histórias de vida, com suas convicções e escolhas, com aqueles que, com certeza, fizeram e ainda fazem a trilha sonora de nossas vidas.

E é por isso que, mestre Greg Graffin, preciso discordar do refrão de "No Direction", porque, pra mim, "some Bad Religion songs can make my life complete".

FODA!

pic by Deise Santos

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

The Pains of Being Pure at Heart - Circo Voador - 16/09/2011



Ha mais ou menos dois anos você leu aqui sobre uma bandinha do Brooklyn que começava a aparecer - e muito - fazendo aquilo que as bandas novas pareciam estar esquecendo: rock barulhento, alto, com refrões grudentos e melodias assobiáveis. Pois bem. Em dois anos esta bandinha cresceu, tocou em festivais mundo afora, passou com sobras pela famosa "prova do segundo CD", com o M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O "Belong" e, finalmente, aportou na lona voadora para alegria de rockeiros cariocas carentes de bandas deste naipe.

Quando entrei no Circo escutei ao longe berros que pareciam de uma pessoa sendo currada. Pois esse era o jovem Ariel Pink, com seu folk psicodélico. Nem me atrevi a passar perto do palco e fui direto beber a primeira cerveja da noite, conversando com amigos. De longe, o que escutamos do jovem não impressionou e apenas tornou mais longa a ansiosa espera pelo Pains.

Final do show e o set do DJ manteve a pista do Circo - iluminada como de uma Boate - cheia de jovens. E a "fauna" do show por sí só já era um evento: de indies com óculos de aro grosso a periguetes que claramente não sabiam o que faziam ali, tinha de tudo na lona do circo. Pena que não estava cheio.

E a uma da manhã os 5 jovens do Brooklyn entram no palco e com "Belong" dão inicio a uma belíssima apresentação. O som das duas guitarras, inicialmente mais baixo que o esperado, fica beeeeem melhor e BEEEM mais alto já na segunda musica, a linda "This Love Is Fucking Right!", cantada por muita gente na lona. Em "Heart In Your Heartbreak" o Pains mostra sua verve mais pop e também mais doce. Coisa linda de viver.

O show segue com guitarras altas e com agradecimentos de Alex ao publico pela "incrível tour" - lembrando que o show do Rio só foi possivel devido a mobilização no esquema crowdfunding promovido pela galera empolgada do "Queremos". O vocal da banda é um showman: toca, agita a cabeleira e dança freneticamente no palco. A tecladista Peggy dança, faz backings e encanta pela timidez e presença. E as texturas de guitarras de Christoph Hocheim são um dos pontos altos da banda. O show segue com as lindas "Girl of 1,000 Dreams", "Come Saturday" (que fez este escriba perder as estribeiras e dançar como se não houvesse amanhã) e "My Terrible Friend".

A linda "Even In Dreams" encerra o show, escancarando a influência de My Bloody Valentine do Pains. A banda faz aquele doce tradicional e Alex retorna sozinho ao palco para cantar a linda "Contender". E o show termina me deixando com aquela sensação doce e agradável de quem acabou de tomar sorvete ou de beijar a menina mais bonita do bairro.

Quem diria que as dores de ser puro de coração seriam tão agradáveis! SHOWZAÇO!

domingo, 15 de maio de 2011

Superchunk - Virada Cultural do Estado de SP - 14 de Maio 2011 (Mogi das Cruzes)




E lá vamos nós descrever a saga que indie.punk.pop enfrentou pra ver a ______________(coloque aqui seu adjetivo) banda do mundo, o SUPERCHUNK.

O show seria dentro da Virada Cultural do Estado de SP. E até o show, foi aquilo: Sair do Rio, chegar em SP, dar um rolê, encarar uma hora e tal de trem da estação Luz até a cidade de Mogi, estação final. Conheci no trem um casal gente fina, que se tornariam grandes companheiros de noite (Valeu Tony e Dani!) , que me levaram até o pico onde seria realizado o show - e onde uma galera de amigos do Rio já estava também.

O lugar era uma grande avenida, atras de uma Universidade e próximo à estação de trem, com o palco ao fundo. Clima de quermesse saca, crianças, garotada "paquerando" e barraquinhas que vendiam comidinhas e bebidas. Uma quantidade bastante razoável de banheiros quimicos (não enfrentei fila hora nenhuma), limpos e bem cuidados e muito policiamento. Organização ok.

Fazia frio em Mogi. MUITO frio. Chegam mais amigs cariocas e comentamos que, pela quantidade de gente do Rio lá, o show deveria ter sido na vidada daqui. Mas na vida nem tudo é perfeito e SP deu banho de organização!

Ficamos de longe escutando o show do Porcas Borboletas, que não impressiona. Quando este acaba, nos direcionamos para perto do palco. A estrutura parece bem bacana e o som está bom. E 5 minutos antes da hora marcada, as 23:55, um locutor estilo radio AM anuncia "o som internacional do SUPERCHUNK" e, em seguida Mac, Jim, Laura e Jon sobem ao palco para executar uma das performaces de palco mais arrebatadoras que este escriba já viu. Entusiasmo de meninos, técnica de veteranos e um punhado de hits "indie", e pronto: o SUPERCHUNK entrou com o jogo ganho!




Da abertura com "Throwing Things" e "Hello Hawk", passando por clássicos "superchunkianos" como "Cast iron", "Slack Motherfucker", "Like a Fool" (quase chorei), "Skip Steps 1 & 3", até as musicas do mais recente album da banda, "Majesty Shredding", como a fantástica "Learned to surf", "Crossed Wires", "Rosemarie", o Superchunk esbanjou disposição, precisão e simpatia. Era clara a animação de todos e um sorridente Mac agradecia e falava que estavam com saudades pois faziam mais de 10 anos que não tocavam no Brasil.

Ao final, a linda "Everything At Once" encerra o show. Mas calma, apesar do frio, o povo esquentou a noite de lua clara e não deixou a banda ir embora. E tome "Hyper Enough" e mais um bis até o grand finale com a clássica "Precision auto". E fim. Eles ficam no palco acenando e agradecendo.

E não tem o que agradecer. O prazer foi todo nosso. E lá vamos nos pela noite fria de Mogi beber um trago para rememorar um show que jamais será esquecido, enquanto esperamos o primeiro trem da manhã de volta pra capital!
Inesquecível!



Set List:

01 Throwing Things
02 My Gap Feels Weird
03 A New Low
04 Detroit Has a Skyline Too
05 Rosemarie
06 Animated Planes Over Germany
07 Like a Fool
08 Hello Hawk
09 Learned to Surf
10 Cast Iron
11 Diggin' for Something
12 Slack Motherfucker
13 Skip Steps 1 & 3
13 Everything at Once
Bis 1:
14 Crossed Wires
15 Seed Toss
16 Hyper Enough
Bis 2:
17 Precision Auto

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Teenage Fanclub - Circo Voador (Rio de Janeiro). 12/05/2011



Em um mundo dominado pela dureza e pelo concreto, pelas relações ásperas e pelo tom de dominação, apreciar a delicadeza as vezes é necessário. A arte tem uma função na vida de todos, mas para alguns ela é mais que puro entretenimento, ela constrói sentido, configura relações, estabelece conexões.

E em um mundo como esse, assistir a um show do Teenage Fanclub reconstitui o sentido de gentileza, de delicadeza, de musica enquanto verbo, enunciado coletivamente.



Da abertura com "Start again", passando por clássicos assobiáveis e melodiosos como "it's all in my mind", "Star sign", "I don't want to control of you", "The concept", até o grand finale com "Radio" e "Everything Flows", Norman Blake, Gerard Love, Raymond McGinley e Francis MacDonald nos brindaram com um espetáculo que reafirmou a capacidade do rock de agregar - amigos, sensações, emoções.

Assistir um show destes em Circo Voador lotado e com toda sua atmosfera "comunitária", abraçado a vários amigos, só torna a experiência ainda mais reconfortante, como colo de mãe e carinho de mulher amada.

Já havia assistido ao Teenage Fanclub em 2004, em Curitiba. Mas o show de ontem, no Circo Voador, foi algo além da musica, além do espetaculo. Foi um turbilhão de sensações que fez desta uma das melhores noites dos ultimos tempos. E provou que mesmo ficando velhos a cada dia, algumas coisas não mudam - ou não notamos sua mudança. Uma delas é o amor pela musica que se renova a cada show deste.

Teenage Fanclub, show do ano?

SET LIST:

  1. "Start again"
  2. "Sometimes I don't need to believe in anything"
  3. "The past"
  4. "It's all in my mind"
  5. "Don't look back"
  6. "Baby Lee"
  7. "About you"
  8. "Star sign"
  9. "I don't want control of you"
  10. "I need direction"
  11. "What you do to me"
  12. "Alcoholiday"
  13. "Your love is the place where I come from"
  14. "Ain't that enough"
  15. "When I still have thee"
  16. "Sparky's dream"
  17. "The concept"
Bis
  1. "Today never ends"
  2. "He'd be diamond"
  3. "Radio"
  4. "Everything flows"



segunda-feira, 9 de maio de 2011

O "indie" ontem e hoje (ou "como as pessoas conheciam musica "alternativa" antes da internet")


A primeira vez que ouvi este termo "indie" foi lá pelo final dos 80's. A revista Bizz tinha uma seção de "top 10 da semana" que era dividida entre "majors" e "Independentes". a grande maioria dos independentes eram bandas inglesas que não gravavam - ou ainda não haviam assinado - com gravadoras majors. Já ligado na parada de "ser do contra" eu tentava conhecer minimamente estas bandas. Foi assim que cheguei à bandas como JESUS AND MARY CHAIN, ECHO AND THE BUNNYMEN e, pasnmem, THE SMITHS (que já tocava na Fluminense FM). Este "correr atrás" significava literalmente perguntar pros amigos se alguem conhecia a banda, se tinha uma fita cassete gravada e...regravar a partir daquela.

Pausa pra explicação:
Existia uma coisa chamada "fita cassete". E alguns aprelhos de som mais "modernos" pra época tinha o chamado "Double deck": dois toca cassetes. Em um você colocava a fita original, a que você queria copiar. No outro, colocava a Fita "virgem", a que seria gravada. E clicava "play" em um e "record" em outro. Simples assim.

voltando...
Já no inicio dos 90's, o termo "indie" voltou com força por causa de uma bandinha de Seattle. Sim, você sabe qual. Antes de estourar com o Nevermind, o Nirvana fazia algum sucesso nas college-radios americanas (as radios de universidades, que só tocavam bandas independentes que, via de regra, enviavam suas fitas demo para estas radios). Por conta disto você pode ver camisas do Nirvana, por exemplo, no clip de "dirty Boots", do SONIC YOUTH, de 1990, antes deles terem lançado o bendito "Nevermind". O termo "indie" neste momento "histórico" denominava todas aquelas bandas dentro do rock que não eram grandes, que faziam rock barulhento ou "esquisito" e que não eram nem Metal nem Punk/ Hardcore. Qualquer bandas com um pedal de distorção desconhecida era denominada de "indie" ou "college".

Bem, desta forma, no incio dos 90's o tal "indie" voltava à tona como sinônimo de "subterrâneo frutífero". As pessoas descobriram que haviam milhares de bandas em garagens e estudios mundo afora que faziam seu som e gravavam por canais fora do esquemão grande gravadora. E muito, mas MUUITO moleque mundo afora re-descobriu o sentido do DIY (do-it-yourself) a partir daí. Ou seja, a segunda leva.

No Brasil, dois programas de radio e um de TV eram "obrigatórios" para a turma que curtia as tais bandas indie: no dial, o "Hell radio", na Fluminense Fm (um dia a Flu - vulgo Maldita - merece um capitulo em Indie-punk-pop) era apresentado por Andre X (baixista da Plebe Rude) e Tom Leão (colunista do jornal O Globo). Através dele, entrávamos em contato com as bandas que "bombavam" no circuito "indie-college" do norte. No "Hell Radio" ouvi pela primeira vez L7, Melvins, TEENAGE FANCLUB, entre outras.

O outro programa de radio era o "College radio", capitaneado por Dodô (hoje DJ no Rio de Janeiro) e Rodrigo Lariú (do selo Midsummer Madness). Eu e uns amigos chamávamos o programa de "programa do Dinosaur Jr". Isto porque eles tocavam a banda de J. Mascis programa sim, programa também. Mas foi ali que ouvi pela primeira vez Yo La tengo, Superchunk e toda aquela turma da Matador records.

Na TV, a MTV tinha, aos Domingos, meia noite, o famoso "Lado B". O "reverendo" Fabio Massari passava clipes de todas aquelas bandas que, de tão obscuras, eram desconhecidas até em guetos de New York ou Londres. O "lado B" era a fonte para vermos bandas como Velocity Girl, Bufallo Tom, Jon Spencer Blues Explosion. Indie pride!

Para conseguir um disco ou fita cassete da bendita banda, era um suadouro de sangue: torcer pra um amigo com grana viajar e trazer o bendito CD, pra alguem da faculdade copiar ou, já no meio dos 90's, ir à uma "locadora de CD's" (como a Spider, em Ipanema) e alugar o CD da banda, copia-lo em fita cassete e ficar um mês inteiro escutando até a fita estragar.

Lembrei disso esta semana, em que dois dos maiores ícones desta "cena" dos 80's e 90's dão as caras no Brasil - Teenage Fanclub & SUPERCHUNK. Porque o "indie", que antes era independente, sinônimo de subterrâneo, de alternativo (outro termo pra lá de usado na época) hoje é acessível ao toque de um clique. Temos Last FM, Soulseek e afins que, em 30 segundos nos conectam a bandas dos subúrbios de Glasgow ou de cidades da Malásia.

Mas e daí? Do que você gosta? O que cada banda desta fez - ou faz - de diferença em sua vida? Que momentos ela te lembra? O caráter de instantaneidade da musica hoje diluiu o alternativo e
subtraiu o apego à musica e à banda. Ou não. Mas mudou a forma como acessamos e nos relacionamos com a musica. E isto por si só e digno de análise.

E eu até hoje lembro de quando meu brother Luciano me emprestou um CD do Teenage Fanclub. E o gosto era o mesmo de conhecer a garota mais bonita do mundo. Sabor, gosto, sensação que, hoje em dia, ainda sinto ao "descobrir" uma banda.

terça-feira, 8 de março de 2011

Musica, Hardcore e a transgeracionalidade


Ontem fui ao show do Reffer que rolou aqui no Rio. Banda bem bacana, nascida lá nas Minas Gerais por volta de 95, que fez muito barulho e acabou ha uns 7 anos. Desde então, organizaram uns 3 shows de revival em SP, BH e aqui no Rio. Claro que fui na expectativa de encontrar os amigos da velha guarda, nostálgicos de nossos "bons e velhos tempos" (como eu ODEIO esses chavões de velhos...).

Mas eis que, ao adentrar no (Excelente) Espaço Acustica, para minha surpresa, vejo uma pequena multidão de jovens rockeiros na casa dos 18, 20 anos. Sim, minhas dezenas de amigos balzacos também estavam lá, mas a casa encheu mesmo foi com essa garotada que cantou sílaba por sílaba de todas as musicas do Reffer.

Surpreso fiquei pois, quando a banda fez seu ultimo show, com o Samiam, em 2002, essa galera tinha lá seus 10, 11 anos. E mesmo assim curtiram e cantaram sílaba por sílaba de todas as musicas. E agitaram como se não houvesse amanhã. E lembro de tantos shows deles que vi em que haviam poucos amigos, cantando também todas as musicas, mas em lugares bem menores e com equipamentos bem mais precários, ha 10, 11 anos atrás. E conversando com estes mesmos amigos, nos tocamos que o mesmo fenômeno ocorreu com outras bandas "das antigas" (ai, ai, olha o chavão aí de novo...) que fizeram seus "revivals" por estes dias/ meses: Street Bulldogs, Barneys, Colligere, Beach Lizards.

E toda esta "surpresa" de um primeiro momento se tornou apenas a constatação de que o Hardcore (ou punk rock, whatever) se renova tempos em tempos. E que as novas gerações, por mais que criem coisas novas e que sintam "sede" por novidades, em tempos virtuais de efemérides cada vez mais fugazes, ainda "bebem" da fonte das referências mais velhas, principalmente das gerações imediatamente anteriores as suas. O cara começa a ir aos shows, faz amigos e sempre tem um maluco mais velho que fala "pô moleque, escuta isso aqui, que é foda!". Foi assim comigo, é assim hoje em tempos que um papo no twitter e uma busca no soulseek te levam a qualquer banda.

O que mais me regozijou e me fez voltar pra casa feliz foi esta imensa, impressionante capacidade do Hardcore de se manter como uma linguagem jovem, com todas as mudanças e intempéries pelas quais o mundo da musica vem passando. Quando a musica é boa, ela transpõe gerações, ela se torna um "algo" além do tempo. E a cada show destes e a cada encontro com essa molecada eu me sinto mais jovem, mais cheio de vida.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

10 discos independentes fundamentais do rock brazuca dos 90's

Início de ano, as coisas ainda se ajustando, muita expectativa sobre os shows que devem pintar por aqui em 2011 (já rolaram Two Door Cinema Club, Vibrators, Vampire Weekend...). Mas fazendo uma mega arrumação nos meus CD's bateu uma nostalgia tremenda. Quanta banda bacana já ouvi, quanto disco legal já foi lançado e a molecada nem tem idéia. Por isso montei um rápido top 10 dos meus discos brazucas favoritos dos 90's - independentes, claro. Leia, discorde, comente, participe!!


- Cold Beans - "Fighting together"
O primeiro CD independente do país, lançado 100% do-it-yourself. HC melódico ou skate punk, não importa: era música rápida, emergente, pesada. Hoje escuto e acho meio desafinado, meio irregular...mas na época, foi o máximo!


- Dance of Days - 6 First hits
O primeiro disco do tal "emo" por essas bandas. E, acredite, era beem legal! O único disco do Dance of Days em inglês.


- Dread full - "day off"
O Dreadfull amadureceu e neste disco criou as maios belas canções dos 90's. Influências de Hot Water Music, Jets to Brazil, tudo novo, tudo fresco. A maior banda que Minas Gerais já pariu e ponto!


- Carbona - "Back to basics"
Em um momento em que o HC melódico e o forrocóre davam as cartas, o trio carioca deu uma guinada à esquerda e retomou os 3 bons e velhos acordes, em inglês. Um clássico.



- Dead Fish - Sonho médio
O DF foi a primeira banda que apostou no HC melódico em portugues a crescer - e muito - no meio independente. E este CD foi o grande responsável por isso. Muita gente ainda considera o melhor deles até hoje.


- Garage Fuzz - Relax in your favorite chair
Primeiro disco da malhor banda da década. E, ok, o melhor disco da década. HC mezo-melódico, letras reflexivas, gritadão. Foda!


- Racionais MC's - Sobrevivendo no inferno
Os Racionais já eram grandes em qualquer periferia do país em 1997, mas este disco lançado por eles mesmos, que vendeu meio milhão nas lojas e mais não sei quantos milhões nos mercados informais elevou-os ao patamar de mega astros do rap nacional. Além de ser o melhor disco de rap já feito neste país.



- De Falla - "KINGZOBULLSHIT BACKINFULLEFFECT "
A banda mais anárquica do país, que sempre mudou de um disco para o outro, inicia os anos 90 com este petardo histórico e irretocável: 24 sons entre o rap e o HC, em inglês. Pra mim, o melhor disco de Edu K & cia até hoje.


- Pin Ups - "Scraby"
O Pin Ups se autodenominava "a melhor banda do Brasil". Galhofas a parte, com este disco, a mistura de Jesus and Mary Chain e Stooges dos caras amadurece, ganha cara própria e coloca-os definitivamente no cenário indie brazuca. Não é o meu preferido (Lee Marvin ainda é o 1° em meu coração), mas é o mais importante deles.


- Mukeka di Rato - "Gaiola"
O HC melódico dava as cartas no fim dos 90's, mas em 1999 o Mukeka lança uma pérola da gritaria, da desgraceira, do som tosco e agressivo. E foi no momento certo. "Gaiola" coloca-os de vez entre os grandes nomes da cena HC brasileira.


- Second Come - "You"
O tal indie era algo meio obscuro no inicio dos 90's, com o Nirvana ainda em fase de criação do definitivo "Nevermind". E esses cariocas já tocavam um som sujo, sussurado, cheio de influências de My Bloody Valentine e Husker Dü. E "You" foi um disco claramente à frente de seu tempo. Não alcançou grande repercussão na época, mas fez jus ao vanguardismo e ousadia da banda.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Social Distortion - faixa a faixa do disco mais esperado do ano!


E então singelos mortais, em uma manhã ensolarada de 2011, o novo e tão esperado disco do Social Distortion, um dos preferidos da casa ever, caiu na rede. Como a internet é maravilhosa!!
E, bem, enquanto o meu "Hard Times and Nursery Rhymes" encomendado via Amazon não chega, vou ouvindo diariamente umas 10 vezes o disco, sem cansar e deixo aqui para o querido leitor um faixa-a-faixa do, desde já, disco do ano!
É brother, sou fã mesmo, sem nenhuma intenção de imparcialidade!

- "Road Zombie" abre o disco e é um punk rock instrumental, com uma guitarrinha solo safada, que pega feito chiclete;

- "California (hustle and flow)" - é rockão, levada "keithrichardiniana", letra simples, backing vocals estilo motown, candidata a hit.

- "Gimme the sweet and lowdown" - outro rockão, mais acelerado, mais a "cara" do ultimo disco, "sex, love and rock'n'roll". Tem um meio bem melodioso e levada naquele estilo "punk/country" tradicional do SD.

- "Diamond in the Rough" - rockão mais slow (notou que até aqui é só rockão né?). Essa tem aquela cara de que Mike Ness tava tocando violão em casa e o riff saiu fácil. Os backings do refrão são os mais lindos do disco.

- "Machine gun blues" - punk 77 com a intro de guitarrra mais simples e eficiente dos ultimos discos do SD! Essa é um dos hits do disco fácil. Tem aqueles vocais dobrados que sempre marcaram a banda. Uma das melhores!

- "Bakersfield" - uma das baladas do disco. A guitarra meio quebrada dá uma certa caída na música, mas o regrão chiclete levanta. A mais fraca do disco.

- "Far side of nowhere" - mais um rockão, esse com a levada mais "alegre" do disco, uma guitarra dedilhada entrecortando a musica e uma letra otimista "ensolarada". Musicão!

- "Alone and Forsaken" - punk clássico com uma intro só guitarra e voz foda!! Essa já nasceu hit! Retoma o clima denso do mundinho de Mike Ness.

- "Writing on the wall" - a outra balada do disco. Bem melhor que a primeira, com uma melodia simples e um vocal mais suave de Mike Ness. É uma balada mais "rockeira", com os famosos vocais dobrados, um lindo refrão e um final sofrido e lindo de doer.

- "Can't take it with you" - mais rockão, esse mais punk/country. Parece saída diretamente do "somewhere between heaven and hell". Os backings estilo Motown - femininos estão de volta nessa.

- "Still Alive" - quem foi aos shows deles ano passado já conhecia esta. Um punk clássico, escala descrescente, letra mega pessoal e universal, daquelas que parecem ter sido escritas para você em um papo de bar. E é a minha preferida do disco.

Na boa? COMPRE o CD, o vinil e o escambau, porque esse vale a pena ter na coleção!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Passei o início de ano escutando...COBRA SKULLS


4 caras de Nevada, EUA, resolvem misturar o psychobilly do Reverend Horton Heat e Nekromantix ao punk rock tradicional da escola californiana. Eles escrevem letras em inglês e espanhol, com ironia fina e bom humor. Eles tocam alto, com guitarras pesadas e vocais mezo gritados, mezo melodiosos, e são dois americanos e um argentino. E eles têm muita, mas muita musica boa pra você escutar. Sim mortais, estamos falando do COBRA SKULLS, um quarteto punk-a-billy que tomou de assalto o coração deste escriba ano passado e, desde então, têm sido presença constante no MP3 player.

Formada em 2005 em Nevada, o trio já fez tours com grandes nomes como Anti Nowhere League, Duane Peters (US Bombs), Against Me e Mad Caddies, entre outros. Já participou de tributos a um dos preferidos da casa, o Bad Religion e já lançou 2 CD's e 1 EP. Com nomes de musicas que quase sempre remetem ao nome da banda - como "Faith is Cobra", "Charming the Cobra" e "use your cobra skulls", entre outros - a banda me fez reviver o rock pesado, guitarreiro, inconsequente e anárquico que tanto amamos.

Escute o álbum "Sitting Army" sem medo de ser feliz!