domingo, 5 de dezembro de 2010

PENNYWISE (Circo Voador - 04/12/2010)



E o Pennywise, uma instituição do hardcore californiano esteve mais uma vez (a terceira) entre nós. Mas desta vez havia uma expectativa no ar em relação ao novo vocalista - Zoli - que cumpre a difícil missão de substituir o fundador do combo, Jim.

Lona cheia - surpreendentemente - e as 22:30 o NITROMINDS inicia seu show já com um bom público no picadeiro. E este bom público respondeu com um pogo animado aos sons da banda, como "Fire and Gasoline", a linda "Flowers and common view" e "something to believe". André e Lalo estavam bem empolgados, agitaram o público, convidaram todos a cantar juntos, a fazer o famoso "wall of death" e encerraram com a "crássica" "Policemen" sua meia hora de porradaria. Um showzaço com direito a "discurso" de um jovem ao final que subiu ao palco e começou a falar sobre a cena nacional, valorizarmos as bandas brasileiras, bla, bla, la. Ok. Desnecessário ali, naquele momento, naquele contexto. Mas deixa a juventude se expressar...

Rolé pelo circo, cerveja com os amigos, galera andando de sk8 e em pouco tempo os donos da noite sobem ao palco. E com "Every single day" emendada com "Can't Believe it" o PENNYWISE colocou o circo inteiro para pogar. Cara, você tinha duas opções: ou ficava na pista e entrava no pogo - sim, a pista INTEIRA pogava - ou ficava nas escadas assistindo. Fiquei meio a meio, hora ia lá, hora voltava. E a coisa em um crescente de interação banda-público, daquelas que só o Hardcore proporciona.

O esperado vocalista Zoli passou no teste com sobras: puta presença de palco, voz afiada e muita energia - o cara estava claramente feliz por estar ali! O guitarrista Fletcher agradece ao "público mais selvagem da tour" e a resposta é em forma de mais stage-dives acrobáticos e mais pogo insano. Rio de piranhas.

Entre as surpresas um cover de Misfits - "Astro Zombies". E sim, eles tocaram todas as clássicas: "Same old story", "Peaceful day", "Fuck Authority", "Society" e o final, no bis, com "Alien" e a invasão insana (centésima vez que uso este termo neste texto?) do palco na legendária "Bro Hymn", que terminou com o publico no palco cantando à capela a musica. Final lindo para um show histórico. A banda certa no lugar certo, empatia e muita energia. E que fechou, com chave de ouro, este ano maravilhoso de shows!


Thanks Cla pela foto!

5 comentários:

  1. parabéns pela resenha, bolinho. descreveu exatamente o que foi esse show. pennywise representa muita coisa pra mim, visto que é a banda que mais ouvi na vida. keep rocking!

    ResponderExcluir
  2. Pq vergonha alheia nivel 9?
    O q o carinha disse la do palco?
    A cena carioca infelizmente eh super triste.
    Isso eh inegavel.

    ResponderExcluir
  3. Valeu Leo!
    Anônimo, ninguem precisa de lição de moral em show de hardcore. Ali, naquele momento, soou soberba, do tipo "preciso falar o que vocês não conseguem enxergar". todo mundo ali tava curtindo a banda, todo mundo conhecia as letras do Nitrominds que, inclusive, teve um show bem cheio. Além do que foram duas vezes, dois discursos em meio a um público que absolutamente não precisava disso. Além de desnecessário foi tolo. E "vergonha alheia" foi um termo copiado de algumas pessoas que estavam ali na frente do palco.
    Na paz, um abraço

    ResponderExcluir
  4. Mas, Anônimo, em respeito a você e ao próprio cara, revi os termos do texto. Um abraço de alguem não anônimo!

    ResponderExcluir
  5. Realmente, o show foi histórico, maravilhoso!
    Não esperava aquilo tudo. Foi animal. E o final foi emocionante. Não cheguei a subir ali no palco, fiquei observando, mas deu vontade de estar ali, junto. Mas só por estar ali presente, cantando tudo, me senti envolvido nesse momento histórico. Valeu Pennywise!

    ResponderExcluir