sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Too Tough to Die: a tribute to Jonnhy Ramone


Meu camarada Marcelo chega de Londres e traz na bagagem este belo presente. Um DVD em tributo ao guitarrista da maior banda de todos os tempos (Valeu Marcelinho!).

Trata-se de um show em comemoração aos 30 anos de formação do RAMONES, gravado em 2004 em L.A. Até aí a coisa toda seria apenas um tributo comum, não fosse o fato que dois dias depois do show, Jonnhy veio a falecer.

Assim, as entrevistas e relatos que intercalam as apresentações são focadas em Jonnhy, e na história da banda com cada um dos convidados. E aí vem toneladas de histórias recheadas de admiração e babação de ovo de gente como Henry Rollins, Red Hot Chilli Peppers e Rob Zombie falando sobre a importância dos RAMONES para suas vidas e para a musica em geral.


Quanto ao show...meu amigo, fiquei um pouco desconfiado com o line up no início, mas queimei a lingua bonito. Trata-se de um showzaço, com um senhor set list, com cada banda tocando entre 2 e 4 musicas do fab 4 de NYC. E tome Dickies, Red Hot Chilli Peppers, Joan Jet, X e uma banda que mescla CJ E Marky Ramone junto a Tim Armstrong (Rancid), Steve Jones (Sex Pistols), Daniel Ray (produtor de "brain drain" entre outros discos do RAMONES), Henrry Rollins, Brett Gurevitz (Bad Religion), Eddie Vedder e Rob Zombie.

Destaque para a cena em que, no meio do show, Rob Zombie saca o celular, pede silencio a todos e liga para Jonnhy. Ele coloca o cara pra falar no microfone e a galera começa a urrar "Hey, Ho! Let's Go!". E o bom e velho Jonnnhy (que não foi ao show por já estar adoentado no dia), apenas diz ao telefone: "até mais Rob", e DESLIGA na cara dele!!

Ao final todos falam da morte do cara e aparece algo que nem eu sabia: a inauguração de uma estátua de Jonnhy em L.A., em uma cerimônia chei a de figuras do punk rock e um discurso emocionado de Eddie Vedder e CJ.

Para os Ramonemaníacos como eu, mais que perfeito!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Argentina punk rock!

Attaque 77

Esta semana voltei a escutar Attaque 77 depois de um bom tempo. Graças a isso, acabei entupindo o MP3 player esta semana de bandas de punk rock argentinas. E como os hermanos produzem bandas de qualidade. Enfim, em um país em que os RAMONES são reis e a cada quadra vc encontra uma camisa do Misfits, não era de estranhar.
Uma das bandas que escutei sem parar foi o 2 MINUTOS. Formado nos anos 90, a banda tem um séquito de seguidores com um punk rock simples e setenteiro. As letras seguem a linha street punk mas com extremo bom humor. E eles tem uma versão em espanhol para "I turned into a martian" do Misfits que é hilária!
2 Minutos

Na linha "ramônica" de tocar punk rock chegamos ao EXPULSADOS, uma das minhas bandas preferidas. Em minha primeira passagem pela capital portenha me deparei com a capa de um cd deles em uma loja, idêntica a do "rocket to Russia", e na hora saquei que era coisa boa. E não me arrependi. resumindo, é Ramones em espanhol - no som, nas temáticas, nas roupas e visual. Bola certa!

Saindo um pouco dos seguidores de Joey & cia, chegamos ao CADENA PERPÉTUA, uma banda de punk/ hc muito popular e com muitos seguidores na terra de Don Diego. Eles tem um perfil mais politizado, com um HC mais na linha de bandas da verlha guarda americana - Adolescents, Minor Threat - e com uma pitada de melodia. Tenho dois Cds deles - "malas costumbres" e "demasiada intimidad" que são o fino, daqueles que vc escuta de ponta a ponta feliz!

De volta a linha mais tradicional do punk rock, os stret punkers do DOBLE FUERZA comemoram 20 anos de atividade como uma das bandas mais populares da Argentina. Suas letras são mais divertidas e falam do cotidiano - cerveja, brigas, mulheres - e o visual é totalmente "ramõnico". Já passaram pelo Brasil e quando voltarem, vale o confere.
Na linha do HC, não dá pra falar de Argentina e não citar o mais-que-popular-internacionalmente FUN PEOPLE! Tive a chance de vê-los em 2000 abrindo o show do Lag Wagon em Bh e fiquei de cara! Hardcore criativo, com quebradas e presença de palco intensa do vocalista Nekro. Pois com o fim da banda, o cara resolve criar uma banda tão boa ou melhor, e nós ganhamos o BOOM BOOM KID, que já vi ao vivo duas vezes, ambas inesquecíveis. O BBK é mais "emo"cional, mas sem cair em pieguices e letras pasmaceiras - tratando de temas introspectivos com inteligencia e com um instrumental mais elaborado, mas super pesado.

Ainda no HC, o OTRA SALIDA é o grande representante da vertente NYHC da terra portenha. Um som pesado, com cadência de metal, levadas thrasheiras e aqueles vocais em coro bem ao estilo de Agnostic Front (aliás, eles tocaram aqui no Rio em 2005 abrindo para o Agnostic).
E depois de olhar estas bandas que povoaram meu MP3 player esta semana, chego de volta aos causadores de toda esta invasão portenha: ATTAQUE 77! Talvez uma das bandas mais populares da Argentina, eles já deixaram ha muito tempo os palcos do underground para cairem no mainstream com seu punk rock politizado e totalmente, como diz o nome, 77. Engraçado notar que eles são, hoje, uma das bandas mais populares da America Latina, mesmo sendo uma banda punk, mas que quanbdo estiveram no Brasil em 2001, tocaram no "berço" undergroud carioca, o Garage. De qualquer maneira, é uma daquels bandas que você escuta e na segunda audição já está cantando o refrão junto.
este foi apenas um mínimo panorama sobre a cena punk/HC portenha. A Argentina é um berço de bandas maravilhosas que, infelizmente, ainda chegam de maneira restrita a nossos ouvidos. Mas corra atrás no bendito soulseek que vale a pena!!
Por que te vás?

Expulsados

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Passei a semana escutando...THE QUAKES!


O Psychobilly é um gênero que, à margem de modismos e "hypes", se mantêm firme, com fãs fiéis ao estilo e bandas que perpetuam a musica aceleradas, com baixo acustico e batera minimalista - o estilo "rocker" de ser.

E uma das minhas bandas preferidas do estilo são estes americanos de Bufallo, THE QUAKES! Formada em 1986, a banda tem uma vasta discografia e mantêm uma boa regularidade de lançamentos. A ultima coisa que escutei deles foi o album PSYOPS, de 2006, que é lindo. Mas meu preferido é o "Pack our bags and go!".

engraçado foi que descobri a banda graças a uma versão gravada por eles de "Killing moon", do Echo and the Bunnymen. E dali em diante, viciei na banda.


diversão garantida!
você pode escuta-los em www.myspace.com/thequakes

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Praia do Brejo - Brejo Beach

E hoje, uma sessão self marketing: o Kopos Sujus, Minha banda de punk rock - surf - rockabilly tocando uma de nossas musicas - a instrumental "Praia do Brejo" ou "Brejo Beach".

Enjoy


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Passei a semana escutando...LOS CAMPESINOS!


Lembra quando você encontrava uma banda e de repente pensava: "caralho, essa banda eu quero escutar até ficar velho"? Pois é, é assim que tenho passado os dias a cada vez que escuto esta maravilhos banda galesa!

O LOS CAMPESINOS é uma banda indie pop formada no país de Gales em 2006 por estudantes da universidade de Cardiff. Com uma formação pouco convencional - um septeto - eles tem 3 albuns lançados e entre eles o maravilhoso "Death to los campesinos" - o tal que não paro de ouvir ha umas duas semanas.

Guitarras distorcidas dividem espaço com vocais dobrados e vozes femininas, barulhinhos de efeitos de guitarra e bateria frenética, naquela marcação acelerada tão em voga no Reino Unido de hoje. Em alguns momentos me lembrou Apples in Stereo, em outros Sonic youth com Velocity Girl, em outros Apartment com Superchunck e em outros pareceu apenas e tão somente Los Campesinos.

Musica pra divertir o final de semana, em uma roda de amigos bebendo cerveja ou em uma pista de dança!
YOU! ME! DANCING!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Henry Paul Trio: de Rockers pra Rockers!


Seja vc indie, punk, "alternativo", headbanger ou mosher, uma coisa nos une: todos tem o rock como raiz comum. Mas as vezes, com a segmentação que o gênero teve, com milhoes de subdivisões, fica dificil dizer o que é ou não "rock".

Pois o trio paulistano HENRY PAUL TRIO é rock! ROCK com letras maiúsculas. Rockabilly, pra ser preciso, mas acima de tudo, como eles dizem, "rock pra rockers"! Tive a chance de vê-los ao vivo ontem, dentro da festa RioBilly, uma das mais legais da atual noite carioca. E o show foi FODA!
Ao vivo o HPT é intenso e anárquico, como o rock deve ser. A formação é aquela clássica de rockabilly: baixão acústico, batera básica (caixa, bumbo, contratempo e um prato, tocada de pé) e guitarra. A banda tem uma puta presença de palco e além das musicas próprias, que obviamente me lembraram demais Stray Cats e Elvis, também levaram versões sensacionais de "sheena is a punk rocker" do Ramones, "Killing moon" do Echo, "This charming man" do Smiths e "tainted love" do Softcell, além de covers maravilhosamente executadas do já citado Stray Cats ("Rock this town" e "Stray cats strut").

Destaques pro performático baixista Fábio, para a simpatia do vocalista Paul e para o charme da batera Drika. Um showzaço. De Rock! Rock'n'roll!
Você ouve o som da banda aqui:

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Qual "A" banda?

Qual "A" banda?
Tive essa conversa com amigos, nos ultimos tempos, com frequência. A questão era simples, porém complexa. Nesta década, qual "A" banda?

Resumindo: todas as décadas tiveram nomes dentro do rock que marcaram. Quando digo "marcaram" quero dizer: bandas que qualitativamente tinham conteúdo, "novidade" e, ao mesmo tempo, carregavam multidões por onde passassem. Bandas que você associa automaticamente ao período - goste delas ou não. Bandas que, enfim, fincaram sua marca naquela década.

Por exemplo: pensando nos 60's, automaticamente vêm Beatles e Stones. Talvez os Beach Boys e o Velvet Underground ali, na colinha.

Nos 70's Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple. Talvez Ramones, Joy Division e Sex Pistols também, mas talvez.

Nos 80's, Smiths, Cure e U2. Talvez o Pixies e o REM, mas beeem de repente (não chegaram às massas - quer dizer, o Frank Black chegou às massas sim: a macarronada, à lazanha...).

A década de 90 teve um dono: Nirvana. Mas de repente, você pode lembrar dela com Pearl Jam, Green Day ou Rage Against the Machine.

E de 2000 pra cá?

Radiohead não vale - nasceu e cresceu nos 90's.

Alguns amigos falaram de Coldplay, outros de Interpol, outros ainda de Franz Ferdinand. Mas, convenhamos, nenhuma dessas com bala na agulha pra figurar no panteão das anteriores.

Nesse excitante e efêmero novo século, o que parece ser a marca, o definitivo, é o caráter de descartabilidade que a musica assumiu: sua banda preferida da vida é outra daqui a dois dias.

Nada contra, eu A-M-O o soulseek. Mas alguma coisa aconteceu.

E você? arrisca um palpite? Qual "A" banda dos 2000??